Complexo portuário de Vila Velha arrecada mais de R$ 60 milhões por mês
Responsável pelo recebimento de cerca de 88% das cargas que chegam ao Espírito Santo, o complexo portuário de Vila Velha também é o maior responsável pela arrecadação de ISS do município. Somente em 2013, o volume chegou a R$ 60 milhões. Ao todo, cinco terminais fazem o transporte de cargas líquidas e sólidas.
O Terminal de Vila Velha (TVV) faz parte desse complexo e é considerado um dos terminais brasileiros com melhor índice de produtividade nas operações de embarque e desembarque de navios. Por mês são recebidos 30 navios. A quantidade de carga movimentada por hora fez com que conquistasse esse título. Ao todo, são movimentados 45 contêineres por hora.
Para andar pelas instalações do TVV é necessário utilizar equipamentos de segurança. No local, são realizados serviços de carga e descarga de contêineres, granitos, veículos e carga geral. Só no terceiro trimestre desse ano eles movimentaram cerca de 50 mil contêineres.
O complexo portuário ilustra bem a potencialidade do setor de serviços que é o que mais contribui para a arrecadação municipal. São 78 mil empregos e 11 mil empresas responsáveis por 75% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Vila Velha se caracterizou pelas pessoas que querem residir aqui, morar perto da praia. Tem um acesso muito fácil à região Sul, litorânea. Então, as pessoas começaram a migrar com o sentido não só de trabalhar, mas também de morar”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Vila Velha, Antônio Marcos Carvalho Machado.
As principais potencialidades começam com atividade portuária muito representativa tanto para Vila Velha, quanto para o Estado. A segunda potencialidade muito expressiva é a indústria e a construção civil. O setor possui duas mil empresas responsáveis pela geração de 20 mil empregos, quase 24% de participação no PIB.
O município conta ainda com indústrias de grande porte, como a Fábrica de Chocolates Garoto, famosa nacionalmente, e que emprega 3 mil colaboradores em todo o Espírito Santo. Seus maiores produtos são os bombons, barras e tabletes de chocolate. A fábrica faturou só no ano passado, mais de R$ 1 bilhão.
Tantos atrativos transformaram Vila Velha em destino não só de empresários, mas de futuros moradores. E é justamente de olho nos futuros moradores que a construção civil cresce. Vila Velha é o município da Grande Vitória com o maior número de novos empreendimentos. De acordo com o Censo Imobiliário realizado em maio de 2014, o município possuía mais de 15.400 unidades em construção. Outros setores também se beneficiam com essas novas construções. A demanda por materiais como cimento, vidros, esquadrias, e mão-de-obra qualificada de engenheiros, mestres de obra e engenheiros aquecem a economia local.
O setor de comércio e serviço na cidade é muito forte, e possui na diversidade de negócios um dos principais atrativos. São shoppings, empresas do ramo de educação, prestadores de serviços que atendem as demandas da comunidade e movimentam todo o cenário econômico e social no município.
O setor têxtil também possui um importante papel na economia municipal, e surgiu há 40 anos com a família Quintão.
“Nós viemos de Minas Gerais, e montamos um confecção em Vila Velha, no Centro. De lá, em 1975, precisávamos de um ponto maior e viemos para a Glória”, conta o empresário Helvécio Quintão da Silva.
“Nós viemos de Minas Gerais, e montamos um confecção em Vila Velha, no Centro. De lá, em 1975, precisávamos de um ponto maior e viemos para a Glória”, conta o empresário Helvécio Quintão da Silva.
A Glória é hoje o maior pólo atacadista e varejista do Estado. São nas ruas do bairro que 1,5 mil lojistas empregam cerca de 10 mil pessoas e movimentam mais de 500 milhões de reais por ano.
“O mercado vai sofrendo transformações. A variação vira uma questão de sobrevivência para esses mesmo atacadistas e hoje o pólo é pulverizado tem fábricas, opções de atacado e varejo”, comenta Valéria Facini, vice-presidente Uniglória e empresária.
Em terceiro lugar na cadeia econômica do município está o setor do turismo que representa cerca de 15% do PIB de Vila velha. São 10 pousadas e 16 hotéis que recebem turistas durante todo o ano.
“Cada real gasto pelo turista se multiplica no comércio, varejo e serviços. E aí a gente pode dizer o seguinte, que há um injeção de recursos. Só na hotelaria, nesse período, município arrecada mais de R$ 1 mihão”, explica o Secretário de Cultura e Turismo de Vila Velha, Walace Millis.
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