terça-feira, 30 de agosto de 2022

Liberar uso do FGTS para comprar mais de um imóvel pode destruir o fundo, diz Abrainc


O projeto de lei que permite aos cotistas do FGTS utilizarem o fundo para a compra de mais de um imóvel foi alvo de crítica do presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, em painel no Abecip Summit, evento da associação brasileira de crédito imobiliário, que ocorreu nesta quinta-feira (25) em São Paulo.

 

O PL 462/2020, do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), pretende mudar a regra atual, na qual o cotista só pode usar o dinheiro guardado no FGTS se não for proprietário de outro imóvel na mesma cidade e também não tiver um financiamento habitacional em andamento.

Segundo França, aproximadamente 90% do saldo do fundo de garantia pertence a apenas 10% dos cotistas, e incentivar que essa parcela de trabalhadores use o dinheiro guardado pode “destruir o FGTS”. Procurada, a Caixa não confirmou essa proporção entre cotistas e saldo.

 

O representante da Abrainc chamou a atenção para o fato do fundo de garantia ser a fonte de recursos do programa Casa Verde e Amarela e também de projetos de saneamento e infraestrutura.

“Não dá para destruir algo que está funcionando corretamente em prol da população”, afirmou no evento.

Ele disse ainda que o setor “fica triste” com a proposta de van Hattem, a quem considera uma pessoa inteligente.

Para França, se não for possível evitar a aprovação do PL, é preciso ao menos restringir o valor que poderá ser sacado para a compra de outros imóveis ou só permitir a compra de um segundo imóvel. Em julho, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para a tramitação do projeto. 


 

Destino de programa habitacional não preocupa mercado


O destino do programa Casa Verde e Amarela (CVA), criado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para substituir o Minha Casa Minha Vida (MCMV), concebido na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entra em debate com a proximidade da eleição presidencial, em outubro.

 

Em encontro com representantes de entidades do mercado imobiliário, na terça-feira (23), Lula afirmou que, se vencer o pleito, vai relançar o Minha Casa Minha Vida, sem dar detalhes de como o programa seria. Membros da sua campanha já afirmaram nos últimos meses que o programa deve voltar a dar mais subsídios para as faixas de menor renda da população.

 

José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que estava presente no encontro, afirma que é preciso injetar mais dinheiro na habitação, mas ressalta que o programa não pode repetir o que ocorreu com a faixa 1 no passado, quando obras contratadas tiveram que ser paralisadas por falta de recursos.

 

Em 2021, o orçamento do CVA foi de cerca de R$ 1 bilhão, enquanto já chegou a ser de R$ 21 bilhões em 2015, ano recorde. Porém, caiu para menos da metade em 2016. Segundo Martins, é necessário ter algo no meio desses indicadores, para que não seja pouco dinheiro, nem uma medida irresponsável. “Tem algum número aqui no meio que traz sustentabilidade ao longo do tempo, para que as empresas possam se planejar e investir em inovação tecnológica”, diz.

Martins afirma que a faixa 1 do MCMV foi “traumática” para o setor construtivo, mas que ela é necessária, porque há um contingente de brasileiros que não conseguem pagar parcelas de financiamento imobiliário e precisam de mais subsídios.

 

O mercado imobiliário aguarda a eleição para saber qual será o nome da política habitacional em 2023, mas há tranquilidade sobre sua continuidade, seja qual for o eleito. Para um analista, os benefícios sociais e de geração de emprego do programa são grandes e reconhecidos demais para que haja risco de seu fim.

 

Tanto é que as mudanças recentes anunciadas na curva de subsídios e o aumento da renda máxima permitida no CVA são formas do governo atual tentar melhorar o desempenho do programa, afirma o analista, que prefere ficar no anonimato.

Uma dessas mudanças foi sancionada nesta quarta-feira (24) pelo presidente Jair Bolsonaro. É o prolongamento do financiamento imobiliário com recursos do FGTS, que poderá passar de 30 para 35 anos. A Caixa já afirmou que vai adotar o prazo maior de financiamento.

 

As alterações devem ajudar a aumentar o acesso de quem mais precisa ao programa habitacional, que teve sua participação no total de lançamentos imobiliários reduzida de 48% em junho de 2021 para 36% no mesmo mês deste ano, de acordo com dados da Cbic. Nas vendas, a participação das unidades do CVA caiu de 49% para 44% no mesmo período.

 

Para o ano, a expectativa é que os financiamentos imobiliários com recursos do FGTS, como os do programa habitacional, aumentem 31%, informou a Associação Brasileira das

Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), no início do mês. A entidade projeta que serão utilizados quase R$ 250 bilhões nas modalidades de financiamento, queda de 4% ante 2021, mas ainda assim o segundo melhor ano da história para o crédito imobiliário no país. Há queda prevista de 12% nos financiamentos com recursos da poupança, do SBPE.

 

As unidades financiadas com dinheiro da poupança são as de médio e alto padrão, que passam por momento complicado por causa do aumento da taxa de juros, dos preços dos imóveis e da queda de poder de compra dos consumidores, devido à inflação.

Tudo isso apareceu nos resultados das incorporadoras de capital aberto que atuam nesses segmentos, divulgados neste mês.

 

Em relatório, a equipe de analistas do Itaú BBA ressaltou que os executivos percebem a demanda ainda fraca e que há divergências sobre a capacidade de elevar mais os preços das unidades. Há preocupação, ainda, com o aumento de imóveis em estoque. O lado positivo, afirmam, é que a pressão sobre o preço das matérias-primas da construção diminuiu e a alta do custo dos trabalhadores do setor não se tornou um grande problema.

A perspectiva mais positiva para os juros e a inflação no futuro já impactam as ações das incorporadoras, que estavam “muito depreciadas”, aponta Fanny Oreng, head de real estate do banco Santander. “Agora vimos um rali muito forte, a curva de juros começou a fechar e aí não adianta, esse setor voa mesmo, porque é muito dependente de juros”, explica

 


 

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

O mundo que vai desinflar é um mundo que ajuda o setor imobiliário', diz economista-chefe do Bradesco


O cenário macroeconômico em 2023 tende a ser mais positivo para o setor de crédito imobiliário a partir do segundo semestre, avaliou o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, durante o Abecip Summit. Segundo o profissional, a segunda metade do próximo ano pode ter uma combinação de queda de custos de construção, com inflação mais controlada, retomada da atividade e a possibilidade de os juros começarem a recuar.

 

"Se por um lado a demanda pode desacelerar um pouco em 2023,as pressões de custos tendem a se reduzir", afirmou. "O mundo que vai desinflar é um mundo que ajuda o setor imobiliário", acrescentou.

Na visão do economista, "a inflação atual no mundo deriva dos excessos [de incentivos monetários e fiscais] que foram cometidos durante a pandemia". Para Honorato, "é uma inflação de demanda".

 

Os bancos centrais no mundo estão promovendo "um ajuste sincronizado de aumento de juros", disse. “Com isso, o custo de dinheiro vai ficar mais alto no mundo e o setor imobiliário nos EUA já está sentido isso." Porém, "com juros altos, as empresas sólidas e os ativos reais têm muito mais a entregar em termos de valor de mercado". No próximo ano, com a desaceleração da atividade no mundo, a “inflação tende a arrefecer e a economia global vai estar flertando com o limiar da recessão".

Ainda de acordo com o economista, apesar da percepção que há um componente forte de oferta nas pressões inflacionárias, com disrupções nas cadeias de produção, os dados mostram que, na verdade, a questão da demanda é predominante entre os fatores. Honorato citou a situação da indústria de semicondutores.

 

"Todo mundo já leu ou ouviu que há problemas de abastecimetno desses componentes o que acarreta em problemas para, por exemplo, fabricar automóveis. Mas os números mostram que a produção de semicondutores no mundo está muito acima do pré-pandemia, então o que aconteceu é que a demanda se deslocou [para bens que usam os componentes]."

 

Conforme o especialista, "a parte que começa a ser positiva desse quadro [de alta de juros global] é que a pressão gigantesca em termos de custos começa a aliviar", com o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) e vários indicadores de preços caindo.

O economista-chefe do Bradesco pontuou que "a economia global começou a se ajustar, e vemos o indicador de encomenda sobre estoque indo para baixo e o índice de problemas nas cadeias de suprimentos recuando também". Em uma visão de longo prazo, o setor imobiliário também tende a se beneficiar do realinhamento de cadeias impulsionado pelos fatores geopolíticos.

 

"Até a pandemia e a guerra da Ucrânia, a lógica era de custos, ou seja, as empresas buscavam onde se produzia mais barato. O que a guerra e a pandemia ensinaram é que tem de pensar na sobrevivência do negócio antes de pensar nos custos."

Dentro dessa perspectiva, "o Brasil está sendo percebido no mundo como país seguro e vai atrair o foco dos investidores globais quando as incertezas forem reduzidas e o setor imobiliário pode capturar negócios importantes".  


 

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Os bairros que mais valorizam em Vila Velha

                                                          

                                             Colinas de Vila Velha 



O bairro Colinas de Vila Velha, se tornou um canteiro de obras de construtoras como Morar, Ecolife, RMC, Metron, e outras construtoras não citadas aqui, por ser um bairro com toda infra estrutura, com acesso pela Avenida Carlos Lindeberg e apenas 5 Km de distância da Praia da Costa e a 2,5 Km da Glória.

O bairro tem alcançado valorização pelo nível de construções  e comércios, fabricas, etc.




Bairro Jockey Club


 O bairro tem uma localização próximo do mar, shopping Boulevard, e terminal de Vila Velha, e divisa com os bairros Itaparica, e Gaivotas.
O bairro tem atraído a atenção de grandes investidores e construtoras como Argo, Grand, Grupo Oportunity, Tocantins, e outras empresas não citas aqui.

Outros investimentos já são realidade como a faculdade Multivix e outros empreendimentos como Apart Hospital ligado ao shopping estão sendo cogitados na região.

                                                                  
                                       Leste oeste 


A Rodovia Leste Oeste abriu as portas para o crescimento de vários empreendimentos horizontais e verticais.

Loteamentos e bairros planejados estão a todo vapor na região, e outros empreendimentos com media  de 1000 lotes estão em fase de aprovação junto a Prefeitura para serem lançados.

Grandes empresas de logística, estão se instalando na região.

Construtoras como Morar e outras já estão marcando presença.










Vendas de imóveis residenciais sobem 26,6% no país



O número de novos imóveis comercializados no Brasil cresceu 26,6% nos cinco primeiros meses de 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021. Ao todo, foram vendidas 74.570 unidades no acumulado do ano. Os dados referem-se ao levantamento realizado com 18 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

 

De janeiro a maio, as vendas de imóveis de Médio e Alto Padrão (MAP) seguiram em ampla expansão e cresceram 145,3% com a comercialização de 19.620 unidades sobre igual período de 2021. O resultado se deve ao fato de muitos compradores estarem enxergando uma boa oportunidade para compras de ativos imobiliários, com expectativa de valorização futura nos preços dos imóveis. A manutenção de um bom patamar de concessão de financiamento habitacional também explica esse efeito. Dados da Abecip mostram que a originação de crédito imobiliário para imóveis novos subiu 6% em relação ao ano passado, o que caracteriza um importante impulsionador para o segmento MAP.

 

Já no segmento Casa Verde Amarela (CVA) foram vendidos 53.776 imóveis no acumulado do ano, uma alta de 8%. Esse resultado já reflete as medidas aprovadas pelo governo em abril deste ano, que readequaram os benefícios do programa habitacional para a população de baixa renda. O ajuste foi necessário pois esse público, que sofreu uma forte queda no poder de compra. Em julho, novas medidas foram aprovadas, que melhoram ainda mais as condições de compra de imóveis para a população mais necessitada.

 

Outro ponto positivo foi relação entre distratos/vendas ficou em 11% no acumulado de 2022, que vem caindo a cada trimestre. Em 2016, esse patamar era de 62%.

Relatório de julho do portal Imovelweb apontou que em São Paulo, o preço médio para a compra de um imóvel fechou o mês de julho em R$ 9.812 por m², 0,5% acima do mês anterior. Em 2022, os preços acumulam uma alta de 2,6% abaixo da inflação, derivando em uma queda real de 3,2% p.p. As novas unidades e as que estão em construção registram maior aumento de preço em 2022, 5,8% e 4,5% respectivamente. Um apartamento típico paulista de dois quartos tem 65 m², um vaga e um preço médio de R$ 619 mil. Já um apartamento de três quartos tem um valor médio de R$ 959 mil.

 

De acordo com o relatório, Pinheiros é o bairro mais caro da capital paulista para adquirir uma propriedade, com um valor médio de R$ 14.815 por m². Assim como para locação, Cidades Tiradentes é o bairro mais barato na hora da compra, com um preço médio de R$ 2.710 por m².

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. O relatório de julho apontou um índice de 5,54% bruto anual, o que significa que são necessários 18 anos de aluguel para reembolsar o investimento de compra, 2,6% a menos que um ano atrás.

 

As regiões periféricas são as que oferecem maior retorno para os investidores: Zonas Leste e Sul acima de 6% anual.

Já quando o assunto é aluguel, o estudo apontou que em São Paulo, o preço mensal médio fechou em R$ 3.410 para os apartamentos de 65 m² com dois quartos, tendo uma baixa de 0,3% em relação ao mês anterior.

 Segundo o relatório, esta é a primeira baixa de valor depois de oito meses consecutivos de alta. No acumulado de 2022, os valores do aluguel acumularam um incremento de 4,6% abaixo da inflação (5,8%) e muito abaixo do ajuste do IGP-M (8,4%).

Na análise por região, a Zona Oeste é a mais cara da cidade, com um aluguel médio mensal de R$ 3.906. Por sua vez, a Zona Leste é a mais barata, custando R$ 1.842 por mês.

Considerando os bairros, Itaim Bibi tem o aluguel mais caro de São Paulo, com um preço médio mensal de R$ 4.752. Cidades Tiradentes é o mais econômico para locar um imóvel, fechando julho com um valor médio de R$ 970 por mês. 

 

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Conheça os principais fatores que influenciam no preço do imóve


Você sabe os principais fatores que influenciam o preço de um imóvel? Se você é aquela pessoa que não abre mão do sol da manhã batendo na janela, daquela vista ampla que tem o apartamento do último andar, ou de uma garagem para ter segurança, saiba que o valor da negociação pode subir por conta desses fatores. Separamos alguns tópicos para você ficar de olho e que podem influenciar o preço na hora da sua compra! Garagem e Localização Um dos fatores principais pelo aumento do metro quadrado, mas é o que a maioria das pessoas busca na hora de selecionar um imóvel, é a segurança. Um condomínio localizado em um bairro nobre e bem localizado, com câmeras de segurança, elevadores, garagem (responsável pelo aumento de 15% no valor do imóvel) e porteiros 24h, costumam elevar o valor do metro quadrado. Lazer e Vista Outra coisa que tem chamado bastante atenção dos compradores são os itens de lazer do condomínio. A maioria das pessoas busca hoje em dia um espaço acolhedor, que tenha pet friendly, piscina, quadra poliesportiva, e até mesmo atualmente, um coworking. Além disso, aquele condomínio que fica localizado perto de shoppings, parques e campos com vista livre, são os mais estimados. Andar do imóvel e Iluminação natural Apartamentos nas alturas em que a luz natural do sol transita livremente, e os ruídos externos são quase imperceptíveis, influenciam muito no valor da compra. Com certeza esses fatores trazem mais conforto e sensação de bem-estar para a família, mas saiba que isso pode elevar 7% a mais o valor do imóvel! Estrutura e Metragem Por último, mas não menos importante, o metro quadrado e a distribuição dos cômodos. As maiores casas e apartamentos, possuem uma grande vantagem, o melhor aproveitamento dos espaços. Na hora de reformar ou planejar o layout, o tamanho do ambiente pode influenciar bastante na compactação e harmonia, trazendo mais aconchego ao ambientes

Registro de imóvel se torna mais barato e rápido perante nova lei


Foi sancionada segunda-feira (27/06) a MP 1085/2021, agora Lei 14.382, que trata do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp). Para o setor imobiliário, o texto promete desburocratizar o registro de imóveis, agilizando a compra e o registro das incorporações.  Sidney Moraes, diretor jurídico da plataforma UBlink, explica que a MP reduz de cerca de 14 para só uma as certidões que a imobiliária ou o comprador precisam pedir para garantir uma aquisição segura. Será necessário pedir no cartório apenas a certidão de matrícula do imóvel, ela vai dizer se existe alguma questão que coloque a compra em risco. É necessário para essa operação cerca de 15 á 30 dias. Moraes explica que o processo pode ser instantâneo se a pessoa tiver débito trabalhista. “Tem que levar isso na matrícula, o que traz agilidade”, diz. Para ele, a experiência do consumidor será melhorada e a segurança jurídica aumentada. Do lado das empresas, a mudança representa um ganho de eficiência nas operações imobiliárias.  O advogado Rodrigo Bicalho, do conselho jurídico do Secovi-SP, explica que o ônus passou do comprador para o credor do proprietário do imóvel. É o credor que precisa levar para a matrícula dos imóveis de quem deve para ele a informação de que há um crédito em aberto, e de que a propriedade poderá ser usada para cobri-lo.  Porém, Bolsonaro fez vetos e um deles pode causar insegurança jurídica para o setor, aponta Bicalho. Foi vetado o trecho que assegurava que a extinção do patrimônio de afetação não implicaria em extinção do regime especial de tributação (RET) da venda das unidades. O problema estaria nos apartamentos em estoque, que não foram vendidos até o fim da obra.  Vitale concorda que isso traz insegurança e espera que o veto seja derrubado pelo Congresso. Deputados e senadores têm 30 dias para analisar os trechos descartados.


 

Imóveis compactos e versáteis viram tendência após pandemia

 


O setor da construção civil segue aquecido mesmo no pós pandemia. Com isso, as construtoras da região buscam explorar diversas tendências que agradem os novos compradores.

Uma das mais procuras ultimamente é relacionada a imóveis compactos, mas que tenham uma praticidade maior para juntar os cômodos. Segundo a arquiteta Fernanda Trindade, a escolha acontece já que as pessoas querem um espaço maior para receber visitas em casa.

A integração de ambientes, para criar um espaço maior e mais versátil tem sido muito procurado. E isso acaba trazendo também uma mudança na movimentação dos móveis no apartamento, gerando mais demanda por peças retráteis

 

— conta.

De acordo com ela, destas junções, muitas usam a varanda. Para Fernanda, se dá ao fato de as pessoas quererem estar mais ligadas a natureza e a cidade, mesmo morando em uma construção vertical.

 

O arquiteto Felipe Torelli concorda com a companheira de profissão e ressalta a exigência por espaços focados no bem-estar (Espaços verdes, lugares para leitura, meditação e outras atividades que mantém a saúde mental em dia) nestes novos empreendimentos.

Em contrapartida, o profissional também falou sobre a automação residencial, tema que vem chegando cada vez mais forte no mercado. "Acredito que apartamentos com esta tecnologia possam aparecer com mais frequência nos próximos anos. Vamos ver”.

Um dos atributos mais procurados em relação a casa inteligente é a iluminação, segundo Toreli. Já que a luz pode encaixar até na busca por um local mais 'natural'.

Summit da Construção

 

Para saber mais sobre o setor, que é tão importante na Baixada Santista, o Grupo Tribuna realizou no dia 4 de julho o Summit da Construção.

O evento contou com painéis e palestras apresentados por convidados para levantar a discussão de vários assuntos relacionados à construção civil.

A cobertura completa poderá ser acompanhada no especial do G1 Santos e região, nos telejornais da TV Tribuna e também nos cadernos especiais do jornal impresso, que estarão nas bancas entre os meses de julho e agosto. 


terça-feira, 16 de agosto de 2022

Mercado imobiliário de alto luxo cresce 37,7% em São Paulo


Do segundo trimestre de 2021 para o mesmo período em 2022, houve um crescimento de 37,7% de negócios de luxo. Isso representa um aumento de 962 para 1.325 unidades do tipo. De 2020 para 2021, o crescimento foi de 3,8%.

Ao se abordar empreendimentos luxuosos, refere-se a espaços físicos com valores estimados entre R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões, enquanto os chamados super luxuosos chegam a mais de R$ 3 milhões.

 

O faturamento referente a esse ramo, por todo o setor imobiliário, foi o maior durante o segundo trimestre de 2022 em comparação a todo o ano de 2021, e também a 2020.

Entre 2020 e 2021, a quantidade de estabelecimentos de luxo subiu 58,4%, enquanto o faturamento teve aumento de 184,9%.

Dentre todos os bairros de São Paulo, o Jardim Paulista é aquele com o preço privativo de luxo mais caro. Lá, o custo do m² chega a R$ 25.352, contra a média de R$ 16,408 por m².

Já o metro quadrado privativo de luxo encontra seu maior custo no distrito da Mooca, com 151,9 m², enquanto a média é de 128,4 m². A região concentra os maiores imóveis para a categoria de luxo.

 

No quesito super luxo, o bairro de Itaim Bibi se destaca com m² por R$ 38.437, diante da média de R$ 28.560 por m². Enquanto isso, o m² privativo super luxuoso, no bairro Chácara Itaim, possui espaços com 263,5 m², diferentemente da média de 200,8 m². 


 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Santander lança linha para prédio mais sustentável


O Banco Santander lançou uma linha de financiamento para construtoras e incorporadoras, do tipo Plano Empresário, com vantagens para projetos residenciais que obtiveram certificação de sustentabilidade. Os selos aceitos são o Aqua-HQE, mesma entidade responsável pelos certificados Leed, populares entre prédios corporativos de alto padrão.

As empresas que forem aceitas poderão financiar até 100% dos custos da obra, com liberação dos recursos a partir de 1% de conclusão do projeto. Para empreendimentos sem certificado, o gatilho de liberação é ter 10% da obra pronta.

A linha também possibilitará repasse da carteira de financiamento dos clientes em 70% da obra concluída, enquanto no financiamento tradicional isso ocorre com a construção totalmente pronta, permitindo que o incorporador consiga quitar mais cedo o empréstimo.

Já para o consumidor final, que comprou uma unidade ainda na planta, o repasse antecipado ao banco também permite a contratação do empréstimo bancário enquanto a obra ainda é finalizada e não só na entrega das chaves.

Segundo o diretor de negócios imobiliários do Santander, Sandro Gamba, o banco quer ir além de discutir taxas dos financiamentos. “Não acreditamos em discutir apenas as taxas do financiamento, queremos desenvolver uma cultura de implementar certificação e desenvolver e disseminar esses empreendimentos”, disse.

Para se enquadrar na linha Aqua-HQE ou GBC Brasil Condomínio, os empreendimentos precisam ter projetos que a lange & sohne replica sigam as normas técnicas atuais e prevejam redução no consumo de água e energia, de pelo menos 25% a 40%, dependendo do caso, e na geração de resíduos. Também são avaliados a produção de entulho na obra, a relação do canteiro com o seu entorno, o uso de fontes renováveis de energia e aspectos de conforto térmico, luminoso e acústico.


 

Além da redução das taxas, a quota de financiamento na linha pró-cotista foi ampliada de 50% até 80% do valor da avaliação do imóvel


 A Caixa Econômica Federal anunciou na última quinta-feira, dia 21, a redução das taxas de juros para financiamento da casa própria, a partir do uso de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). As novas taxas partem de TR + 7,66% ao ano para imóveis de até R$ 350 mil. Para imóveis acima desse valor, limitado ao teto do Sistema Financeiro Habitacional, de R$ 1,5 milhão, a taxa sofreu redução de 0,5 (8,16% ao ano + TR).

Com as novas taxas, a contratação do financiamento requer duas condições. O proponente precisa se adequar na modalidade pró-cotista e contratar o crédito até dia 31 de dezembro deste ano.

O banco anunciou também que a quota de financiamento da linha pró-cotista foi ampliada para até 80% do valor de avaliação do imóvel.

O Pró-Cotista permite o financiamento de residências novas ou usadas em qualquer lugar do Brasil com valores de até R$ 1,5 milhão. Ela é a linha mais barata de crédito imobiliário fora do programa Casa Verde e Amarela.

Na pró-cotista, é preciso que o comprador do imóvel tenha, ao menos, três anos de contribuição de FGTS e um saldo de pelo menos 10% do valor do bem a ser financiado em suas contas no fundo. A modalidade também exige que a renda familiar bruta do comprador não seja comprometida em mais de 30% pelas parcelas do financiamento.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Projeto libera saque do FGTS para compra do 2º imóvel


 O projeto de lei visa possibilitar a utilização do FGTS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, para a compra da segunda casa própria. O regime de urgência da proposta já foi aprovado, e agora está priorizada entre votações do Plenário da Câmara.

Segundo o advogado de Direito Imobiliário Diovano Rosetti, essa lei contribuirá no aquecimento do setor. “Existe uma demanda muito grande, pois podendo usar o FGTS para adquirir outro imóvel, haverá procura por outros imóveis e o fomento do mercado imobiliário. Os setores de imóveis de baixo e médio valores serão os beneficiários”, disse.

Especialista em financiamentos imobiliários, Ricardo Gava explica que atualmente não é possível fazer empréstimo para imóveis com FGTS se a pessoa já é proprietária de outra casa ou apartamento no mesmo município. “Também não pode ter financiamento ativo. O projeto vem para superar essas limitações de que o trabalhador deve ter uma única moradia”, relatou.

O representante do comitê de Finanças e Investimentos do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Estado, Ibef-ES, Douglas Niero, afirma que o FGTS tem um rendimento que, muitas vezes, fica abaixo da inflação. Por isso, considera que investir o benefício em imóveis pode ser uma boa maneira de dar maior eficiência ao valor.

Imóveis compactos são a nova aposta do mercado imobiliário de luxo


 Seguindo uma análise de mercado atual, apartamentos compactos de no máximo 45m², são uma aposta para o setor de luxo.

O crescimento de imóveis menores priorizava a construção de prédios próximos à transportes coletivos. Por esse motivo, construtoras tiveram que optar pela construção de móveis com a metragem reduzida.

Mas isso não é novidade para ninguém, entretanto um novo olhar fez com que esse nicho de imóveis ganhasse um visual diferente. O mercado de luxo passou a ver imóveis compactos como um bom investimento. 

A proposta é a criação de empreendimentos tecnológicos, sustentáveis e com um design diferenciando, mirando em um público para o mercado de luxo.

Incorporadoras seguem a ideia investindo em terrenos com localização privilegiada, o que devido os benefícios da região, possibilita a empresa ofertar seu complexo com um preço acima da média.

As previsões de consumo são positivas e permanecerem resilientes mesmo com a alta da taxa Selic. 

Setor imobiliário observa com preocupação o novo aumento da taxa de juros


 No mercado imobiliário, o novo aumento da taxa de juros é visto com preocupação pelo reflexo no aumento do custo da construção e possível reajuste do crédito imobiliário. No setor, há a expectativa de elevação dos valores das unidades agora no segundo semestre.

 

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) aposta no histórico para considerar que a elevação na Selic não impedirá investimentos em imóveis, já que os juros sempre estiveram acima de dois dígitos e, mesmo assim, o "mercado imobiliário não deixou de se desenvolver".

 

Já Felipe Ferreira, diretor da Ferrara Gestão, salienta que a alta de juros causa uma retração no consumo e, por consequência, um aumento do desemprego, diminuição de renda e dificuldade de conseguir novos financiamentos.

 

- Outro impacto atinge as empresas, já que elas não vão conseguir crédito para financiar a produção e as suas expansões. Isso atrelado a um desestímulo ao consumo, temos o cenário ideal para o aumento do desemprego.

 

Leandro Guimarães, CEO da LGCON Engenharia, concorda, mas salienta que impactará as empresas de forma diferente, dependendo do nicho trabalhado:

 

- As empresas especializadas no segmento popular também perdem a capacidade construtiva, pois fica impossível construir com os custos elevados, mantendo o valor de venda dentro das faixas, o que pode levar ao adiamento dos lançamentos. Já em relação ao mercado imobiliário de alta renda, o impacto tende a ser menor, pois como não existem faixas de valores de venda estabelecidos, as construtoras acabam acompanhando a dinâmica da variação do Índice Nacional da Construção Civil, o INCC, durante o período das construções - considera.

 

Mesmo assim, para quem pode, Guimarães considera que o momento é extremamente favorável para a compra de imóveis em estoque, já que os lançamentos tendem a vir muito mais caros. Robson Macedo, CEO da BidYou, assessoria de investimentos imobiliários, analisa que, dada esta incerteza macroeconômica, o investimento em ativo real, ou seja, imóveis, atua como um potencial de ‘reserva de valor’.

 

- Este efeito explica a razão pela qual os imóveis de alto valor estão tendo uma procura significante na comparação com os imóveis de baixo valor. O efeito também é percebido no aumento de investidores em leilões de imóveis – comenta

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Registro de imóvel se torna mais barato e rápido perante nova lei



Foi sancionada segunda-feira (27/06) a MP 1085/2021, agora Lei 14.382, que trata do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp). Para o setor imobiliário, o texto promete desburocratizar o registro de imóveis, agilizando a compra e o registro das incorporações.

Sidney Moraes, diretor jurídico da plataforma UBlink, explica que a MP reduz de cerca de 14 para só uma as certidões que a imobiliária ou o comprador precisam pedir para garantir uma aquisição segura. Será necessário pedir no cartório apenas a certidão de matrícula do imóvel, ela vai dizer se existe alguma questão que coloque a compra em risco. É necessário para essa operação cerca de 15 á 30 dias. Moraes explica que o processo pode ser instantâneo se a pessoa tiver débito trabalhista. “Tem que levar isso na matrícula, o que traz agilidade”, diz. Para ele, a experiência do consumidor será melhorada e a segurança jurídica aumentada. Do lado das empresas, a mudança representa um ganho de eficiência nas operações imobiliárias.

O advogado Rodrigo Bicalho, do conselho jurídico do Secovi-SP, explica que o ônus passou do comprador para o credor do proprietário do imóvel. É o credor que precisa levar para a matrícula dos imóveis de quem deve para ele a informação de que há um crédito em aberto, e de que a propriedade poderá ser usada para cobri-lo.

Porém, Bolsonaro fez vetos e um deles pode causar insegurança jurídica para o setor, aponta Bicalho. Foi vetado o trecho que assegurava que a extinção do patrimônio de afetação não implicaria em extinção do regime especial de tributação (RET) da venda das unidades. O problema estaria nos apartamentos em estoque, que não foram vendidos até o fim da obra.

Vitale concorda que isso traz insegurança e espera que o veto seja derrubado pelo Congresso. Deputados e senadores têm 30 dias para analisar os trechos descartados.

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Milhares de ofertas nesse mês do corretor


Preparamos varias ofertas neste mês do corretor, são varias ofertas com 1, 2, 3 e 4 quartos na região de Vila Velha - ES.

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Alta em imóveis residenciais é registrada em 45 de 50 cidades pesquisadas


 O indicador do mercado imobiliário acompanha o comportamento de preços de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras.

 

Segundo a pesquisa, houve aumento nos valores em 45 delas e apenas São Paulo não registrou alta acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do mês de julho – a prévia da inflação divulgada pelo IBGE.

 

Já nos primeiros sete meses do ano, o índice de venda residencial somou 3,5%, inferior à inflação ao consumidor de 5,62%.

 

Além disso, a variação também foi menor que o resultado acumulado no mesmo período pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), de 8,39%.

 

De acordo com o Alison Oliveira, coordenador do Índice FipeZAP+, o crescimento nos preços dos imóveis residenciais não é inesperado, sendo fruto de uma conjuntura macroeconômica.

 

Segundo o especialista, com variações mais baixas em índices como o IPCA e IGP-M, o mercado imobiliário tende a aumentar os valores para recuperar os ganhos.

 

“Quando olhamos para o acumulado de 12 meses, vemos uma relação bastante instável. A nossa expectativa é que o indicador FipeZAP+ ainda aumente de forma parecida com a qual observamos, enquanto os outros índices da economia estão desacelerando. A tendência não é que os valores diminuam, mas a nossa projeção é que o Índice FipeZAP+ se torne estável”, afirma.

 

O levantamento aponta que o preço médio para comprar um imóvel residencial, calculado para as 50 cidades monitoradas, é de R$ 8.120 por metro quadrado.

 

O estudo também indica que o valor médio por metro quadrado mais elevado no último mês foi registrado na cidade de São Paulo, com R$ 9.946.

 

Na sequência, entre as capitais, aparecem Rio de Janeiro (R$ 9.798/m²), Vitória (R$ 9.528/m²), Florianópolis (R$ 9.118/m²) e Brasília (R$ 8.673/m²).

 

Em contraste, considerando as capitais monitoradas com menor preço médio de venda residencial no referido mês, destacam-se Campo Grande (R$ 4.906/m²), João Pessoa (R$ 5.316/m²), Salvador (R$ 5.613/m²), Manaus (R$ 5.696m²) e Goiânia (R$ 5.775/m²).

 

Diante da alta nos preços, Alison Oliveira avalia que o aluguel não se torna necessariamente uma boa fonte de renda, já que depende de fatores como a localização.

 

Segundo ele, tudo depende das próximas decisões em relação às taxas de juros da economia. O especialista afirma que se a taxa Selic parar de subir e tiver uma queda, isso pode incentivar o mercado de compra e venda de imóveis. 

 

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Primeira concessionária de veículos elétricos chega no Espírito Santo


 

Grupo Águia Branca inaugura em Vila Velha a Vitória Motors BYD e promete experiência única aos consumidores

Neste momento de Sustentabilidade e ESG, o Espírito Santo ganha a primeira concessionária de veículos elétricos. A Vitória Motors BYD será aberta ao público no próximo dia 4 de agosto na Praia de Itaparica, em Vila Velha. A loja conta com um conceito diferenciado e inovador, representando a atual líder em carros elétricos do planeta, e promete oferecer uma experiência única ao consumidor.

Todas as lojas contarão com áreas de vendas e pós-venda, oferecendo uma solução completa para os compradores de veículos elétricos da marca. Já na abertura da nova concessionária, estarão disponíveis para os capixabas os modelos: TAN, HAN, T1, D3 e SONG.

A nova loja é a primeira do grupo Águia Branca, que promete inaugurar mais quatro unidades até o final de 2022, nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Renan Chieppe, presidente do Grupo Águia Branca, disse ser uma grande honra pertencer à rede de concessionárias da marca BYD, a maior fabricante de carros elétricos da China. “Estamos muito felizes com nossa nomeação, resultado de um trabalho sério e muito profissionalismo de mais de 76 anos no mercado”, conclui.

Microapartamentos e moradia por assinatura agitam mercado imobiliário em SP


 Só na cidade de São Paulo, 82 mil imóveis foram lançados em 2021, segundo dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis (Secovi-SP). Isso é mais que o total de imóveis disponíveis em Santos, a cidade mais vertical do país.

 

O aumento dos empreendimentos vem acompanhado de uma redução no tamanho dos imóveis. Um levantamento realizado por pesquisadores da USP mostra que, nos últimos 6 anos, mais de 250 mil imóveis compactos foram construídos na cidade – isso é, aqueles com até 45 m².

 

Com os preços do metro quadrado cada vez mais caros — dados do Fipezap mostram que o valor do metro quadrado está acima de R$ 8 mil em 50 cidades do país — e a flexibilização no trabalho consolidada em cada vez mais empresas, o jeito de morar nas grandes cidades está assumindo um novo formato.

 

O boom dos microapartamentos

Microapartamentos são moradias com sala, quarto e cozinha em um só local. Em São Paulo, já existem imóveis com até 10 m².

 

Apesar de serem menores, esses microapartamentos oferecem mais serviços e comodidades. Áreas que ficavam dentro da casa, como sala de estar e lavanderia, por exemplo, são transportadas para a área comum do condomínio.

 

Essa é uma tendência em grandes metrópoles do mundo, especialmente entre jovens de classe média. Esses preferem viver em apartamentos menores, mas melhor localizados — em especial, mais perto do trabalho –, do que imóveis mais afastados dos centros urbanos.

 

Moradia por assinatura

Na busca por cada vez menos burocracia, outra tendência do mercado imobiliário é a moradia por assinatura.

 

A maneira como o inquilino contrata o imóvel está cada vez mais eficiente: feito quase que em totalidade pelo celular, com pouquíssima burocracia, alugando um apartamento já mobiliado.

 

Não só isso, mas as contas são consolidadas em apenas um boleto: aluguel, condomínio, luz – até lavanderia e serviços de streaming – são compilados em um pagamento por mês. É similar a fazer check-in em um hotel.

 

Dados do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) mostram que 80% dos jovens entre 16 e 24 anos não querem ter casa própria. Como explicado por Guilherme Ribeiro, professor em Negócios do Mercado Imobiliário na FIA, “existe uma demanda para essa facilidade, tanto para entrar, quanto para sair.” Demanda essa que cada vez mais startups buscam atender.

 


Nova Casa Verde e Amarela anima o mercado imobiliário, mas média renda enfrenta dificuldades

 

                                  

O mês de julho começou com o anúncio de novas atualizações no programa Casa Verde e Amarela (CVA), o que trouxe impacto para a expectativa do setor imobiliário para 2022, mesmo com um cenário ainda complicado, com juros e inflação altos.

 

Isso já está visível no mercado, conforme mostra o Indicador de Confiança do Setor Imobiliário, levantamento feito trimestralmente pela Deloitte em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), e que no segundo trimestre contou com respostas de 44 empresas.

 

O índice de procura por imóveis apresentou alta de 2,2% na categoria do programa habitacional, enquanto para o segmento de médio e alto padrão houve queda de 6,3%. No índice de vendas, o CVA registrou aumento de 3,7%, ante queda de 7% do médio e alto padrão. No geral do mercado, o desempenho do setor econômico ajudou a amenizar os resultados ruins dos padrões mais elevados, mas os resultados ainda foram negativos: queda de 2,4% no índice de procura e de 1,8% no de vendas. As comparações são com o primeiro trimestre.

 

Analistas do mercado e empresas que atuam no segmento de baixa renda esperam que a vigência das novas medidas dê mais impulso ao setor, que sofreu nos últimos trimestres com a dificuldade para encaixar as unidades dentro dos limites de preço de venda do programa, diante do aumento do custo para produzir.

Apesar de não sofrer impacto direto do aumento de juros, uma vez que os recursos para financiamento do CVA vêm do FGTS e a taxa é fixa, a inflação atinge mais fortemente a população com menor renda, o que inviabiliza a compra do imóvel em muitos casos.

 

As alterações anunciadas, como o prolongamento do prazo de financiamento de 30 para 35 anos, a possibilidade de considerar a contribuição mensal ao FGTS como parte da renda do trabalhador na hora de avaliar sua capacidade financeira, a revisão do valor dos subsídios dependendo do fator regional e ampliação da renda máxima para os grupos 2 e 3 do programa têm o potencial de elevar vendas e lançamentos para as incorporadoras do segmento.

 

José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), ressaltou em evento da entidade, nesta segunda-feira (25), a novidade anunciada para a linha Pró-Cotista, que também utiliza recursos do FGTS. Para imóveis que custam até R$ 350 mil, a taxa de juros foi reduzida em 1 ponto percentual, para 7,66% ao ano, mesma taxa do grupo 3 do CVA. Para imóveis acima desse valor, a redução foi de 0,5 ponto percentual, para 8,16% ao ano. Segundo Martins, a mudança veio para “suprir o aumento de teto [do CVA], que não foi aprovado pelo Conselho Curador do FGTS”. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o teto do programa, no grupo 3, é de R$ 264 mil.

 

Porém, parte das medidas vale apenas até o final do ano, caso das alterações no Pró-Cotista. A indústria imobiliária, que trabalha com prazos longos, terá que correr para aproveitar as condições mais favoráveis.

 

As mudanças nos programas que usam recursos do FGTS também são esperança para a indústria de materiais de construção, que vendeu menos no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2021. Dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) mostram queda de 2,7% nas vendas do produto, e a expectativa é fechar o ano com redução de 1% a 2%. Já a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) calcula aponta queda de 8,5% no faturamento nos primeiros seis meses do ano, mas ainda espera fechar 2022 com crescimento de 1%.

 



Para o setor de médio e alto padrão, a expectativa de analistas de instituições financeiras é que haja redução de lançamentos no próximo trimestre, para evitar o aumento de unidades em estoque. Neste mês foram divulgadas as prévias operacionais das incorporadoras e, segundo Gustavo Cambauva, sócio e analista do BTG Pactual, o resultado foi melhor do que o esperado, dado o cenário econômico do país. No entanto, a velocidade das vendas está diminuindo, e os indicadores de juros e inflação não são favoráveis.

 

Entidades do setor afirmam que não há motivos para novos aumentos da taxa de financiamento imobiliário nos bancos, mas os analistas do setor financeiro discordam. “Acho difícil não subir porque o funding vem da poupança e ela tem tido muito saque, é oferta e demanda, com menos oferta, o preço sobe”, diz André Mazini, analista do Citi. “Os juros vão continuar em duplo dígito até 2024 e os bancos vão continuar passando para o cliente final”, completa.

 

No Indicador de Confiança, da Deloitte e da Abrainc, o índice de preços dos imóveis cresceu 10,5% no trimestre, em relação ao período de janeiro a março, aumento menor do que o registrado em trimestres anteriores, mas uma continuação da trajetória de elevação dos preços. Para o terceiro trimestre, a expectativa é de “forte aumento” nos preços, tanto no CVA quanto no médio e alto padrão. O mesmo é esperado para os próximos 12 meses e para cinco anos. Imóveis e financiamento mais caros podem fazer com que o consumidor adie a decisão de comprar sua unidade.