sábado, 4 de fevereiro de 2017

A liberação de contas inativas do FGTS e o setor imobiliário



No final de 2016, uma medida anunciada pelo governo causou muito burburinho entre as pessoas. O presidente da República, Michel Temer, junto com sua equipe, anunciou a liberação do saque de contas inativas do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
De acordo com o governo, o objetivo da medida é injetar R$ 30 bilhões na economia e irá beneficiar cerca de 10 milhões de trabalhadores. Mas, como isso pode interferir no setor imobiliário?
Antes de tudo, o fato de esse dinheiro estar no bolso dos brasileiros pode ser mais uma alternativa para a decisão da compra da casa própria. Embora a maior parte das contas tenha até, no máximo, um salário mínimo, conforme informações da equipe do governo.
Aliás, antes o governo havia cogitado permitir o saque do saldo parado no FGTS apenas para o pagamento de dívidas, mas voltou atrás. Sendo assim, os trabalhadores têm direito a retirar os recursos e utilizá-los para qualquer finalidade, o que também anima o setor imobiliário.
A medida é uma injeção de recursos que vai movimentar a economia e pode alcançar 0,5% do Produto Interno Bruto do Brasil, o que também pode ser uma boa notícia para a compra de casas e apartamentos, que vêm crescendo nos últimos meses.
Entretanto, a novidade não agradou a todos desse setor. De acordo com dados divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo, no longo prazo, a construção civil pode sentir as consequências da medida para financiamento imobiliário, pois o fundo é a principal fonte de recursos para esse setor.
Aliás, para o Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), a novidade pode fazer com que fique mais difícil comprar a casa própria com o passar dos anos. Isso porque boa parte do valor sacado não será injetado na economia, mas transferido para outras aplicações.
Outra novidade
Além da liberação das contas inativas do FGTS, agora o governo anunciou, também, uma nova medida que pode influenciar positivamente a compra de imóveis. O Copom – Comitê de Política Monetária – cortou a taxa básica da economia de 13,75% para 13% ao ano, maior queda desde 2012.
Isso faz com que o mercado financeiro fique mais aquecido, uma vez que o corte foi superior ao esperado. A decisão ainda veio em meio à desaceleração da inflação e a demora para a retomada do crescimento econômico.
Com isso, os bancos também reduziram suas taxas de juros,  forçando que os empréstimos voltem a ser disponibilizados com valores mais baixos e, em um futuro próximo, também fará com que os financiamentos imobiliários fiquem mais acessíveis.

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