quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Empresas lançam apartamento menor que caçamba de caminhão

Empresas lançam apartamento menor que caçamba de caminhão

10 de janeiro de 2013.
 
 
A alta dos preços dos imóveis, principalmente em bairros nobres e concorridos de São Paulo, como o Paraíso (acima), deixou muita gente sem ter .... Foto: Wikimidia Commons/DivulgaçãoA alta dos preços dos imóveis, principalmente em bairros nobres e concorridos de São Paulo, como o Paraíso (acima), deixou muita gente sem ter condições de comprar um apartamento nessas regiões
Foto: Wikimidia Commons/Divulgação 

Quem quer morar em bairros mais caros mas não tem dinheiro para tanto só podia contar, até há pouco tempo, com uma opção: esperar os preços baixarem. O mercado agora passou a oferecer outra possibilidade: valores menores, mas não tão baixos assim, para apartamentos ainda menores. Algumas construtoras estão lançando apartamentos com cerca de 30 metros quadrados - menores que uma caçamba de grandes caminhões.

Essas pequenas habitações, em formato de estúdio ou com um dormitório, estão sendo chamadas pelas empresas de smart home (em inglês, smart quer dizer esperto, inteligente). Na cidade de São Paulo, há apartamentos desse tipo em locais como Bela Vista, Saúde, Butantã, Centro, Paraíso, Panambi, Campo Belo e Chácara Klabin.

Para Marcelo Moralles, diretor de desenvolvimento da Fernandez Mera, o conceito ganhou força nos últimos anos para atender os clientes que buscam praticidade na administração do imóvel, por conta do tamanho, e proximidade com o trabalho.

"Nossa empresa oferece unidades de 27 e 37 m² por em média R$ 350 mil. Por conta da pequena metragem, ele acaba sendo mais barato que os tradicionais e com uma estrutura muitas vezes mais moderna, por ser novo", afirma Moralles. A expressão smart home não é nova. Moralles conta que, entre 2000 e 2006, ela era usada para se referir a apartamentos com 2 ou 3 dormitórios feitos para atender a classe média que estava começando a vida, principalmente a conjugal. Mas atualmente o cenário é outro. Há mais gente morando sozinha, sobretudo divorciados.

"Muitos casais se separaram nos últimos anos, aumentando a procura por imóveis que atendam às novas necessidades. Um dos perfis de clientes de smart home é aquele que saiu de casa e hoje busca uma vida mais prática", comenta o diretor.

Em Ribeirão Preto (interior de São Paulo), o gerente de vendas Anderson Edmilson Silva, da Construtora Pagano, nota outro tipo de comprador ou inquilino para domicílio de 36,5 m².

"Temos dois públicos compradores de apartamentos com essa metragem: o conversador, que compra para investir, e o mais moderno, que corresponde a uma demanda universitária forte da cidade", diz Silva. Silva afirma que os imóveis com pequenas metragens são ideais para quem quer morar sozinho e pagar menos.

"O aluguel varia entre R$ 1 mil e R$ 1.100. Como são pequenos, conseguimos aumentar a quantidade de unidades num prédio, o que tem efeito direto sobre o valor do condomínio. Nosso empreendimento tem infraestrutura de lazer completa e os moradores pagam apenas R$ 190 de condomínio", conta o gerente de vendas

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