sábado, 31 de agosto de 2013

Especialistas apontam riscos e vantagens de comprar ou alugar imóvel

Alugar ou comprar um imóvel envolve muitas variantes e requer uma ampla análise. Além dos processos administrativo e jurídico, é preciso ter em mente algumas questões.

O imóvel se adequa às suas necessidades e à sua renda? Nos próximos anos, há alguma possibilidade de você mudar de cidade, Estado ou país? Se precisar vender a casa enquanto paga as parcelas, consegue recuperar o valor investido? As prestações ou o aluguel são muito salgados e consumirão gastos com lazer, bem-estar e qualidade de vida? O local é apropriado, vai valorizar?

"Não pode ser uma decisão por impulso, é preciso se informar e buscar orientação",diz José Augusto Viana, presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). Veja nesta página a opinião dele e de mais nove especialistas no assunto.


JOSÉ AUGUSTO VIANA

Presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis

"O dinheiro investido em imóveis pode render 12% ao ano, mais a valorização do local, que varia de caso a caso. É um ótimo investimento na comparação com os demais. A renda é superior aos juros e ainda tem a valorização. Se a pessoa tem condições de investir e tem uma boa renda, o ideal é comprar um apartamento de R$ 200 mil a R$ 250 mil, mais populares, em boa localização. São imóveis escassos para aluguel e alcançam rendimentos altíssimos. Imóveis de valores mais altos são mais difíceis de alugar."

JOSÉ DUTRA VIEIRA SOBRINHO

Conselheiro do Corecon (Conselho Regional de Economia de São Paulo)

"Nos três últimos anos, a valorização do imóvel financiado foi brutal. Acredito que muitos que optaram pelo aluguel, nesse tempo, tenham se arrependido. As taxas nunca foram tão baixas e os prazos nunca foram tão longos para financiar um imóvel, chegando, agora, a 35 anos. Além disso, há a motivação do patrimônio: o que a pessoa está pagando é dela, não é um dinheiro perdido. Mas é preciso analisar a situação, principalmente se a opção for pela compra na planta e o primeiro bem do comprador. Se ele está no aluguel e tem dívidas, é preferível comprar um imóvel pronto, já que poderá usufruir imediatamente do negócio, seja morando ou alugando o imóvel."

JOSÉ URBANO DUARTE

Vice-presidente de governo da Caixa Econômica

"O financiamento permite antecipar a realização de uma necessidade ou de um desejo. A taxa de juros é o custo desta antecipação. Quanto menores os juros, melhor, sob o ponto de vista de quem está se valendo da alternativa do financiamento. No caso do financiamento imobiliário, a taxa de juros é a menor do sistema nos últimos anos. E os prazos, os maiores. E ainda há a forma como a prestação é calculada e cobrada. Ela decresce na medida que o tempo vai passando, comprometendo cada vez menos o orçamento do cliente, da família. O momento é favorável, e os clientes têm se valido disto. Em 2012, por exemplo, eles deverão financiar compras de seus imóveis numa escala superior a 25% do que foi feito em 2011. Juros menores e prazos maiores permitem realizar aquela necessidade comprando imóveis melhores e/ou em condições mais vantajosas."

FLÁVIO PRANDO

Vice-presidente de habitação do Secovi-SP (sindicatp de habitação)

"Os imóveis tiveram uma valorização importante que tem mais a ver com uma recuperação do que, propriamente, com a alta de preços. Houve uma estagnação entre o final da década de 1990 e no período de 2006/2007, na cidade e região metropolitana de São Paulo, quando os valores ficaram muito aquém da inflação. Agora, atingiram um patamar adequado e a tendência é uma valorização de 5% a 10%. Temos uma cidade onde a matéria-prima dos lançamentos imobiliários, que são os terrenos, é extremamente escassa. E há a questão do zoneamento, que desde 2003 tornou-se muito mais restritivo, o que reduz o potencial construtivo nesses terrenos. Consequência: a oferta de imóveis em São Paulo é inferior à demanda, o que gera uma pressão permanente nos preços, especialmente nos bairros mais procurados --aquele anel em volta do centro, que compreende Jardins, Itaim, Pinheiros, Brooklin, Vila Olímpia etc. Com a escassez de terrenos baldios, qualquer novo empreendimento paga um preço muito alto para remover a construção já existente, demolida e não aproveitada, para a obra partir de um espaço limpo. Resumo da história: no ponto de vista do Secovi, tendo oportunidade e valor de entrada (que está bastante reduzido, entre 10% e 15%), vale muito a pena financiar um imóvel com juros menores e prazos maiores. Dessa forma, o valor do financiamento se assemelha ao valor do aluguel. É mais inteligente comprar, pois o financiamento acaba e o imóvel valoriza."

ALEXANDRE N. SOARES

Advogado, responsável pelo escritório da ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação) em São Paulo

"Não há como se afirmar 'a priori' se é mais vantajoso alugar ou financiar. Existem muitas variáveis envolvidas (taxa de juros aplicada no contrato de financiamento, valor da locação, renda familiar, disciplina e controle de gastos etc). No entanto, na maioria dos casos, se a família for disciplinada e conseguir poupar, mesmo que more num imóvel locado --com valor condizente com a sua renda--, talvez torne-se mais vantajoso aguardar para comprar à vista o sonhado imóvel próprio, mesmo tendo em vista a queda acentuada da taxa de juros. Depende do caso concreto."

SAMY DANA

Professor da Escola de Economia da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas)

"Comprar um imóvel ou continuar pagando aluguel? Esse é o dilema de muitos brasileiros. Porém, essa decisão precisa ser tomada depois de uma ampla análise. O corte das taxas de juros cria um benefício que deve ser dividido entre consumidores e construtoras. A forma que as construtoras têm para se apropriar desse benefício é através do aumento dos preços dos imóveis, propagandas e um batalhão de corretores tentando fazer o consumidor acreditar que a oportunidade é 'única'. Vale lembrar que quanto mais os preços aumentarem, menor será a 'fatia' que sobra para o consumidor. Se for comprar um imóvel, tenha certeza que o preço que está pagando é razoável, não se deixe levar por impulso ou pelas aparentes barganhas em taxas. Tome cuidado para não deixar sua parte do bolo nas mãos do faminto setor imobiliário. Exemplo prático para uma pessoa que pretende comprar um imóvel de R$ 450 mil e tem R$ 180 mil de entrada e, por enquanto, paga aluguel no valor de R$ 1.500. Há duas opções: 1) A primeira é aplicar os R$ 180 mil no Tesouro Direto e fazer aplicações mensais de R$ 1 mil durante todo o período. Após os 30 anos, ela terá R$ 2,008 milhões. 2) A outra opção teria sido dar a entrada de R$ 180 mil e financiar os R$ 270 mil restantes. Durante 30 anos, essa pessoa terá que pagar R$ 2.500 ao mês para ter o imóvel. Ao final do período, o imóvel será seu e lhe custará R$ 900 mil."

JOÃO DA ROCHA LIMA JUNIOR

Professor titular de Real Estate da USP (Universidade de São Paulo)

"A taxa de juros dos financiamentos estão acima da taxa referencial de juros. Enquanto você pode financiar a compra de um imóvel à taxa de 9,5% ano + TR, o que, na média pode representa um custo do financiamento de 10 a 11% ano, a renda de aplicações conservadoras pode estar no limite do CDI, que é de 8,5%. E caindo. Lembre que esses 8,5% devem ser cortados de 22,5% de imposto sobre a renda, resultando em 6,59%, dos quais ainda se extrai 1 ponto para administração se se tratar de aplicação em fundo de investimento. Então, aplicar recursos a 5,6% liquido anual contra financiamento a 11% não tem sentido. Se adicionarmos o custo do aluguel, na solução não comprar, retiramos mais alguns pontos dos 5,6% ano, ou eventualmente toda a renda líquida será consumida no pagamento do aluguel. Se o investidor tem recursos líquidos e precisa da residência, deve comprar. As aplicações para alugar imóveis residenciais representam pagar preço no auge do mercado, esperando uma renda que pode girar ao redor de 7% ano, com 27,5% de imposto sobre a renda, o que resulta líquido pouco mais de 5%, fora o custo dos vazios. Já aplicações em imóveis comerciais de alta qualidade abrigados em fundos imobiliários pode render ao redor de 8,5% ano, já descontados os custos de administração e as flutuações com vazios. A renda dos FII (Fundo de Investimento Imobiliários) é isenta de imposto sobre a renda para a pessoa física em situações particulares."

CLAUDIO BORGES

Diretor de crédito imobiliário do Bradesco

"Fiz um comparativo entre duas situações: um cliente comprando um imóvel de R$ 200 mil, financiando R$ 160 mil em 360 meses, e a hipótese desse mesmo cliente alugar um imóvel de R$ 200 mil, pagando um aluguel mensal de 0,8% do valor do bem. A primeira prestação do cliente (R$ 1.733) está muito próxima do valor do aluguel, porém no decorrer do tempo ela vai caindo e ao final de 30 anos, mesmo com uma TR estimada em 0,4% ao mês, o cliente concluirá o pagamento de sua prestação na ordem dos R$ 542. 

Ao contrário da prestação do crédito imobiliário, o aluguel sobe anualmente pelo IGP-M cumulativamente. Considerando um IGP-M conservador, de 5% a.a., verificamos que o aluguel, que era inicialmente de R$ 1.600, com o reajuste anual captalizado, chega ao final de 30 anos na ordem de R$ 6.915. O segundo sonho de uma pessoa que está financiando um imóvel numa faixa etária média de 35 anos, ao final dos 30 anos de financiamento, é estar aposentada. Pela realidade brasileira, a expectativa é que ela tenha uma renda comparativa ao se aposentar muito menor que a sua renda atual. Neste caso, a prestação do crédito imobiliário reduzindo-se ao longo do tempo atende essa necessidade de um custo menor de moradia, pois na medida que o tempo vai passando, sua prestação vai se tornando cada vez menor. No aluguel, a curva é inversa, o que vai impactar numa redução contínua da capacidade de poupança e de se preparar para a aposentadoria. Considerando um financiamento de R$ 160 mil, taxa de juros de 9,5%, a.a. + TR de 0,04% ao mês, ao final de 30 anos o cliente terá desembolsado a quantia de R$ 433.911. Para quem pagou o aluguel de um imóvel de R$ 200 mil, ao final de 30 anos, terá desembolsado a importância de R$ 1,27 milhão, ou seja, o valor equivalente a três financiamentos imobiliários e ainda não terá a propriedade do bem. Ao pagar uma prestação de crédito imobiliário, o cliente faz um investimento em um bem que um dia será seu."

ROSELI HERNANDES

Diretora comercial da Lello Imóveis

"É preciso fazer contas para ver o que é mais vantajoso. Analisar o que você tem de capital e investigar se vale a pena aplicar ou dar entrada num financiamento imobiliário. Tenho clientes que compraram um imóvel na periferia e se mantiveram em outro alugado, num bairro mais nobre, por estarem mais próximos de trabalho, facilidades e família. O sonho da casa própria foi realizado, sem, necessariamente, a família ter de morar nele. E a nova lei do inquilinato garante menos conflitos. O inquilino procura ser respeitador, até porque hoje ele tem mais garantias, e o proprietário, por sua vez, tem interesse de manter o bom inquilino. Por outro lado, na compra, há dois tipos de financiamento: na planta, onde o comprador tem as parcelas semestrais, mas só começa a pagar o financiamento nas chaves --uma compra mais de impulso-- e com o imóvel pronto, em que ele é obrigado a estar mais preparado, pois tem que ter, no mínimo, 20% do valor do bem para dar de entrada. Em compensação já pode se beneficiar imediatamente da sua compra."

JOSÉ PEREIRA GONÇALVES

Economista e especialista em mercado imobiliário

"A casa própria é a principal transação feita durante toda a vida. Por isso é importante que a decisão seja tomada considerando todos os aspectos para que o sonho não venha a se tornar um pesadelo. Antes de comprar é fundamental ter certeza de que a possibilidade de haver mudança para outro local, motivada por emprego ou outra decisão qualquer, é mínima. Se existir essa possibilidade, o mais recomendável é alugar, pois a compra requer um investimento muito elevado. Se a decisão for pela compra, é importante ter certeza de que o imóvel atende suas necessidades de tamanho, aspirações e se está bem localizado. Na compra em que se dispõe de recursos, deve-se avaliar o montante necessário para ser à vista: sobrará dinheiro para atender uma emergência? Há recursos suficientes para cobrir todos os custos com a mudança, realizar reforma, comprar os móveis necessários, pagar os impostos devidos na transação?

Na compra com financiamento, é preciso considerar a taxa de juros razoável e o prazo contratado). Em relação a isso, vale refletir se compensa um prazo muito longo. Na maioria das situações, o prazo deve ser encarado como uma forma de obter uma prestação que naquele momento caiba na renda sem deixar o comprador muito sufocado. Ao longo do tempo, ele poderá realizar amortizações e reduzir esse prazo, pois durante esse tempo ele acumulará poupança ou, dependendo da operação, poderá utilizar recursos de sua conta do FGTS para realizar essa amortização. Vale destacar que o aluguel é uma despesa que a pessoa tem por estar utilizando um imóvel que não é de sua propriedade. A prestação, por sua vez é um investimento que a pessoa faz para adquirir um bem. O financiamento é uma forma de a pessoa antecipar a compra de um bem cuja aquisição à vista exigiria um prazo muito longo de poupança." 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Saiba como organizar e planejar a construção de sua obra

Planeje sua obra
Saiba como organizar e planejar a construção de sua obra
São José do Rio Preto, 6 de janeiro de 2008 
  Rubens Cardia  
Vai construir em 2008? Então, saiba como programar cada etapa da sua casa

Leda Nascimento

20:06 - Construir a casa dos sonhos é o sonho de todo brasileiro. Mas como concretizar essa idéia sem perder dinheiro, tempo, noites de sono e sem ficar frustrado no meio do caminho se vendo obrigado a erguer um projeto descaracterizado? Dois arquitetos conhecidos no mercado de Rio Preto e região aceitaram o desafio do Diário da Região de informar aos leitores o passo-a-passo de uma obra. Daniela Abudi e Fabiano Hayasaki contaram os próprios segredos para a execução de um projeto personalizado, respeitando o bolso e o gosto de cada cliente. Na opinião de Hayasaki o cliente tem de estar perto, tem de acompanhar, sentir o cheiro, o gosto, visualizar a casa, mesmo antes dela ficar pronta. “O cliente tem que estar presente na escolha de todos os materiais, pois a casa tem que ser personalizada, tem que ter o perfil da pessoa que vai habitá-la. É lógico que sem excessos. Aí entra o arquiteto que traz o equilíbrio e a harmonia dos ambientes”. Daniela Abudi disse que só se satisfaz se ao final de cada trabalho sentir que o cliente se enxergou na obra. “Cada projeto tem a sua personalidade. É assim que eu entendo arquitetura. Quero concretizar os sonhos e desejos dos meus clientes, com a cara de cada um”.


Quanto eu vou gastar...


Confira as dicas da arquiteta Daniela Abudi:


Pierre Duarte
Arquiteta Daniela Abudi


Defina o tipo de projeto antes de iniciar a construção:
::Em um imóvel residencial é essencial que o cliente tenha em mente um programa dos cômodos que deseja na sua futura casa. A pessoa precisa saber a quantidade de quartos que o imóvel terá, se haverá suíte ou não, se a preferência é por uma casa térrea ou sobrado. Lembre-se que a metragem quadrada do terreno interferirá nesta decisão, como também irá refletir no custo da obra, principalmente se houver muita movimentação de terra e se a fundação for profunda.
Sugestão:: contrate um arquiteto para auxiliá-lo desde a escolha do terreno, pois a área bem escolhida, tende a baratear a obra. Quanto ao custo do profissional tanto ele pode cobrar por visitas técnicas como incluir um preço baseado na metragem quadrada de cada etapa

Investimento mínimo para começar:
:: Tenha de preferência o valor integral do terreno e pelo menos 60% do investimento necessário para dar andamento às etapas iniciais da construção residencial que se dividem em projetos arquitetônico, estrutural, hidráulico e elétrico. Inclua também nesta fase as aprovações de alvarás e documentos nos órgãos legais, exigidos para fazer a fundação, levantar e cobrir o imóvel. Ao tomar essas providências você evita a deterioração da obra, no caso de ter de parar a construção e ganhar tempo para juntar o restante da verba que será destinada ao acabamento, normalmente a parte mais cara

Cuidado com gastos excessivos no acabamento:
:: Muita cautela, pois é nessa hora que alguns clientes se perdem em meio às infinitas possibilidades que o mercado oferece de combinações e valores de piso, louças, metais, de detalhes como rodapé e guarnição, portas, gesso, pintura, iluminação, enfim tudo o que vai dar a “cara” e o preço final da sua casa
Sugestão: A escolha bem feita no acabamento barateia o custo de uma obra. Preste atenção ao projeto, pois “quebrar parede no papel é barato”. Já na prática e depois da parede erguida é outra história. Cuidado porque no geral as mudanças que as pessoas querem fazer no decorrer de uma obra em andamento saem do controle, encarecem a construção e desfiguram a idéia inicial

Programe a duração da obra :
:: Mesmo que o cliente tenha todo o valor do investimento em caixa recomenda-se um prazo de aproximadamente 6 a 12 meses para a construção de uma casa, pois o andamento depende de várias fases como a cura do concreto

De que forma pagar a mão-de-obra:
:: As construções devem ser cercadas de cuidados como vincular os pagamentos a cada etapa do projeto. Defina um preço por empreita de serviço ou da obra toda. Não faça os pagamentos adiantados nem contratações por dia

Dois projetos diferentes propostos por Daniela Abudi:
Pierre Duarte
Casa construída por Daniela em um condomínio residencial: foram cerca de 18 meses para concretizar o projeto. Em um terreno com dimensões 15x30 foi construído um sobrado de 323 m², com isso houve ganho de espaço no fundo para a área de lazer. O cliente preferiu contratar o serviço por empreita e pagar a mão-de-obra por etapas, somando todas das fases e todos os profissionais envolvidos houve um custo médio de R$ 1 mil o m². Ela atuou na elaboração da planta até a fase de acabamento


Diário da Região - Imagine dois clientes fictícios e ambos com um terreno de 500 m² para construir uma casa. Eles são casados e têm dois filhos cada. Mas as condições financeiras dessas famílias se diferem (conforme exemplos descritos a seguir):

Situação 1:


Diário - O cliente X tem em caixa todo o valor necessário para concretizar a obra. Ele gosta de materiais sofisticados e pretende aproveitar bem o terreno para deixar a casa com uma boa área de lazer, pois gosta de receber os amigos e ambiciona espaço para as crianças. Que tipo de projeto a senhora propõe a esta família?

Daniela Abudi - O cliente X me parece precisar de um sobrado para ficar com maior área livre na parte térrea, neste caso sugiro uma casa de aproximadamente 350 m2. A idéia é que a residência tenha a maior integração dos espaços possíveis para facilitar receber muitas pessoas. Imagino uma casa em linhas retas e moderna. Com muita transparência e área verde. Sofisticação nos acabamentos, móveis e peças de decoração

Situação 2:


Diário - O cliente Y tem menos a investir. Pretende usar materiais alternativos na construção. Não se atenta a detalhes, prefere um projeto clean. É amante da natureza e não faz tanta questão de ter uma piscina em casa. Que tipo de projeto a senhora propõe neste caso?

Daniela: Ele pode optar por uma casa térrea de 300 m2 com um pé direito alto e mezanino que dê para um terraço com acesso ao telhado que pode ser de grama. Imagino um acabamento rústico nas paredes com o piso em tijolo pó de mico ou pedra petit pavê. Uma casa muito iluminada e com um grande pomar no fundo, ladeado por um espelho d´água, com móveis em madeira embaixo das sombras das árvores auxiliado por um gazebo

Sugestão: Nas duas construções proponho que haja captação de água da chuva para regar esses imensos jardins

Confira as dicas do arquiteto Fabiano Hayasaki:
Rubens Cardia
Arquiteto Fabiano Hayasaki


Defina o tipo de projeto antes de iniciar a construção:
:: Procure um profissional arquiteto, pois eu não vendo projeto vendo qualidade de vida, portanto sua qualidade tem preço? Com certeza não, portanto é importantíssimo contratar um arquiteto até para comprar o terreno, coisa que a maioria não faz Um arquiteto tem a capacidade de avaliar qual o melhor terreno, em relação a vários aspectos: principalmente na localização, entornos, topografia, norte, ventilação, integração com a natureza e paisagem

Investimento mínimo para começar:
:: O percentual varia de acordo com o objetivo final. A obra pode ser dividida em duas etapas: a primeira até cobrir e rebocar que gira em torno dos 40% do total do investimento, e a segunda que é a etapa mais cara da obra que é o acabamento que
representa o restante

Levante um programa de necessidades:
:: Após escolhido e comprado o terreno, deve-se contratar um arquiteto que tenha experiência e referência no mercado. O profissional deve levantar o programa de necessidades com o cliente e assim dará a seqüência em todas as etapas de projetos de arquitetura. Um diferencial dos meus projetos é a apresentação, feita com a mais alta tecnologia em computação gráfica. Depois de todos os projetos de arquitetura aprovados deve-se contratar os projetos complementares: estrutura, hidráulica e elétrica

Contrate também um engenheiro orçamentista:
:: Antes de iniciar a construção deve-se fazer o que 90% dos brasileiros esquecem, que é contratar um engenheiro orçamentista para cuidar do planejamento e custo completo da obra. A etapa de obra é somente para executar não deve-se mudar ou orçar durante a obra. No Japão, nos EUA e países desenvolvidos com tecnologia construtiva avançada e moderna, um projeto de arquitetura, complementares de engenharia e orçamentos demoram mais do que o tempo de sua construção, pois tudo é aprovado, orçado e programado antes de iniciar a obra. Com planejamento detalhado e tempo evita-se surpresas durante a execução

O que custa menos na obra:
:: Não deveria ser, mas o arquiteto é a etapa mais barata de toda a obra. Pois é o bom projeto e o profissional que o assina que vai valorizar o imóvel e o investimento. Um bom projeto, detalhado e bem apresentado que trará a economia na obra

O que é mais caro na obra:
:: É a etapa de acabamentos, mas se tiver criatividade o custo pode ser reduzido. No mercado de acabamentos existem milhares de opções de materiais, de qualidade e preços muito diferentes, portanto vale abusar da criatividade de cada profissional. Vale buscar novos materiais, principalmente os ecologicamente corretos. Restaurando, reciclando e reinventando novas opções

Evite desperdício no canteiro:
:: O desperdício infelizmente é um problema cultural, a maioria das pessoas começa o desperdício dentro da própria casa, com excessos de comida e roupas. Imagine em obras! O desperdício ocorre devido à falta de formação da mão-de-obra, praticamente não existe qualificação profissional na construção civil, portanto, o desperdício é quase que inevitável

Programe a duração da obra:
:: O tempo da obra dependerá do sistema construtivo, nos Estados Unidos, uma casa de 1 mil metros é erguida no sistema steel frame, em menos de um mês. No Brasil com o sistema convencional, na mesma metragem pode chegar a demorar de um a dois anos. Com certeza contrate por empreita, pois o bom profissional vai exigir que sua equipe termine o mais rápido possível. Sempre o pagamento deve ser por etapas, assim você garante a execução até o final

Dois projetos diferentes propostos por Fabiano Hayasaki:
Rubens Cardia
Casa construída por Fabiano em um condomínio residencial: foram 18 meses para finalizar a construção. Agora o projeto está na fase de escolha do mobiliário. O cliente quis construir a casa dos seus sonhos, em estilo clássico contemporâneo. Uma palmeira imperial de 30 anos e 15 metros de altura foi escolhida antes do início da fundação e plantada no interior da casa a pedido do futuro morador


Diário da Região - Imagine dois clientes fictícios e ambos com um terreno de 500 m² para construir uma casa. Eles são casados e têm dois filhos cada. Mas as condições financeiras dessas famílias se diferem (conforme exemplos descritos a seguir):

Situação 1:


Diário - O cliente X tem em caixa todo o valor necessário para concretizar a obra. Ele gosta de materiais sofisticados e pretende aproveitar bem o terreno para deixar a casa com uma boa área de lazer, pois gosta de receber os amigos e ambiciona espaço para as crianças. Que tipo de projeto o senhor propõe a esta família?

Fabiano Hayasaki - Esse cliente me parece muito exigente, tem bom gosto e adora a exclusividade, portanto lhe cai bem um estilo contemporâneo moderno, um estilo de casa imponente e arrojada. Uma casa ampla e funcional, integrando toda a área social para receber bem. Para os filhos um setor amplo e exclusivo, criando desde a sala de estudos, como brinquedoteca e sala de jogos. Os acabamentos todos de primeira linha e os mobiliários confortáveis

domingo, 25 de agosto de 2013

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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

MERCADO IMOBILIÁRIO DE VILA VELHA - ES.


O mercado imobiliário de Vila Velha, bastante forte em bairros considerados nobres, como Itapoã e Vila Velha, está se expandindo pelo restante do município. Certamente, uma das causas é o fato de que, já saturadas em virtude da grande quantidade de empreendimentos, essas áreas não oferecem mais tantas opções de terrenos. Além desse motivo, existe a melhoria da qualidade de vida de moradores de bairros mais populares, para onde estão indo os novos investimentos das construtoras, segundo o diretor comercial da Decottignies.
Divulgação
“Nos últimos anos houve a melhoria do crédito imobiliário, tanto para os clientes quanto para as construtoras, o que facilita a construção dos imóveis e, também, a aquisição por parte de pessoas que não moram nas áreas consideradas nobres”, explica Romero.
De acordo com ele, a melhoria na infraestrutura de bairros como Aribiri, Novo México e Araçás também contribui para que essas localidades sejam a “bola da vez” do mercado imobiliário no que diz respeito ao município de Vila Velha.
DivulgaçãoDivulgação
O bairro da Glória, por exemplo, receberá no segundo semestre deste ano um novo lançamento da Decottignies, o Residencial Villa Della Gloria. O empreendimento terá 320 unidades residenciais. Em cada uma das quatro torres terá 10 pavimentos, 80 apartamentos e dois elevadores.
O residencial faz parte do Programa Minha Casa Minha Vida. “Estamos estudando a possibilidade de fazer futuros lançamentos no Jockey e em Gaivotas”, afirma o diretor comercial da construtora
Unidades a partir de R$ 153 mil sendo totalmente financiados pela caixa.
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DICAS DE DECORAÇÃO


Quem não gosta de chegar em casa e, logo ao abrir a porta, dar de cara com um ambiente acolhedor, harmonioso, feito especialmente para o bem-estar de toda a familia e reunir os amigos? Aqui, somamos sugestões que formam um ótimo “primeiro passo” para transformar a decoração da sua sala. Dividimos tudo em três partes para facilitar a leitura: "salas", "salas pequenas e integradas" e "salas de tv". Para conferir as outras dicas, basta clicar nos títulos. Abaixo, aproveite as 38 dicas, sugestões e inspirações para decorar sua sala de estar de um jeito prático,moderno.

1. Substituto do forro de gesso
Com o pé-direito alto, a iluminação foi colocada em trilhos, os quais permitem que os spots sejam direcionados.

2. Conforto de elite
O sofá Chesterfield (em couro branco) é um clássico da decoração: criado pela aristocracia inglesa há séculos, permanece como ícone de sofisticação e beleza. Para recriar o estilo em sua casa, aposte no capitonê.

3. Mistura de estilos
Inserir elementos rústicos (como as poltronas de junco) em um ambiente contemporâneo conferepersonalidade e é uma forma moderna de decorar.

4. Estofados em partes
Sofás modulados dão mais versatilidade à decoração: podem ser divididos ou unidos conforme a necessidade.

5. Mude a percepção do ambiente 
Quem disse que áreas menores não podem ter tons escuros? Pinte a alvenaria com a cor escolhida e o espaço pode até ganhar profundidade.

6. Acerte nas cores
Uma boa saída é combinar tons análogos (que estão lado a lado no círculo cromático), como é o caso do laranja, do vermelho e do vinho usados neste ambiente.

7. Tapete colorido
Listras, como as do tapete escolhido, dão mais movimento à decoração.

8. Marcenaria versátil
Para dar colorido e vida à sala, a arquiteta apostou em um aquário de 300 litros com iluminação interna. A estrutura que sustenta o aquário foi aproveitada com armários e gavetas, além de dois nichos para livros e DVDs

9. Chão mais confortávelO tapete felpudo deixa o espaço, de cores neutras e frias, mais aconchegante. Os fios altos também melhoram a acústica.

10. Tecido eleganteO revestimento de seda rústica no sofá traz sofisticação ao projeto e cria um diálogo com a banqueta da sala de jantar

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Alphaville vai lançar loteamentos econômicos para classe C


Gafisa quer manter o alto ritmo de crescimento com dois loteamentos econômicos de cerca de R$ 30 milhões até o primeiro semestre de 2014
Prédios de alto padrão em construção no bairro do Morumbi, São Paulo

                 
Prédios em construção em São Paulo: Gafisa teve prejuízo de 14,14 milhões de reais no segundo trimestre do ano
São Paulo - Depois de crescer em média 34 por cento ao ano desde que foi comprada pela Gafisa em 2006, a Alphaville mira a classe C para manter o forte ritmo de expansão, afirmou o diretor-superintendente da empresa.
 
Agora, às vésperas de passar da Gafisa para as mãos dos fundos de private equity Pátria Investimentos e Blackstone, que deve ocorrer em setembro, a Alphaville se prepara para lançar dois loteamentos econômicos de cerca de 30 milhões de reais cada até o primeiro semestre de 2014, um no Vale do Paraíba (SP) e outro no entorno de Brasília, informou o executivo.
Ainda sem uma marca definida, os empreendimentos vão oferecer terrenos de cerca de 40 mil reais em bairros planejados "com mais qualidade de vida", disse Marcelo Willer, que assumirá como presidente da Alphaville quando a compra do controle da empresa for finalizada.
"O potencial do produto é ser maior que (a marca) Alphaville", afirmou o executivo, acrescentando que os projetos que levam o nome da empresa, voltados à classe A e com terrenos de cerca de 500 metros quadrados, são lançados dois a quatro anos após a empresa encontrar áreas ideais e "esgotam aquele mercado depois disso".
A empresa aposta na baixa renda num momento em que grandes construtoras e incorporadoras reestruturam seus negócios, após terem investido pesado no segmento durante o boom imobiliário, e agora sofrem com o cancelamento de contratos e com a revisão de custos em cidades onde não tinham histórico de atuação.
A própria Gafisa, que manterá uma participação de 30 por cento na Alphaville, interrompeu os lançamentos da divisão econômica Tenda em 2012 para arrumar a casa, tendo voltado a fazê-lo apenas este ano --e em intensidade muito menor.
Na semana passada, a empresa anunciou prejuízo de 14,14 milhões de reais no segundo trimestre, ante lucro de 1,05 milhão um ano antes. No período, os lançamentos da Tenda representaram apenas 7 por cento do total.

domingo, 11 de agosto de 2013

domingo, 4 de agosto de 2013

Preços dos imóveis devem continuar subindo em 2013

Preços dos imóveis devem continuar subindo em 2013, dizem especialistas - InfoMoney 
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/imoveis/noticia/2582751/precos-dos-imoveis-devem-continuar-subindo-2013-dizem-especialistas

Desocupação é principal problema de imóvel comprado em leilão

Os problemas que podem surgir na desocupação de um imóvel comprado em leilão são a maior desvantagem desse tipo de negócio.
"É fundamental checar no edital se existe algum morador no imóvel. Essa informação é obrigatória", afirma Marcos Caielli, diretor de operações imobiliárias da Portal de Documentos, empresa que faz gestão de documentos digitais com valor jurídico.
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Para resolver essa pendência, o investidor Luiz Marangon, 65, que já arrematou mais de 20 imóveis e terrenos, primeiro pergunta se a pessoa pode sair amigavelmente. Se não consegue convencê-la, costuma oferecer de R$ 3.000 a R$ 5.000.
Fabio Braga/Folhapress
Luiz Marangon já arrematou mais de 20 imóveis
Luiz Marangon já arrematou mais de 20 imóveis em leilões
Segundo ele, essa solução normalmente é mais rápida e barata do que a contratação de um advogado para entrar com uma ação de imissão de posse, que consiste em exigir a desocupação do imóvel. O custo varia muito, dependendo do escritório de advocacia contratado, mas pode atingir cerca de 10% do valor do apartamento.
"Em um leilão, a pessoa acha o preço atraente, mas pode ter de arrumar um advogado e ficar brigando um ou dois anos até se mudar. Vai valer a pena?", questiona o advogado de direito imobiliário Marcelo Tapai.
A advogada Joanna Paes de Barros e Oliveira ressalta que um leigo no assunto poderá se precaver se buscar ajuda especializada para analisar a documentação do imóvel antes de arrematar o bem.
Judicial ou extrajudicial. Alienação fiduciária. Imissão de posse. São vários os termos que geram dúvida para quem não está familiarizado com um leilão de imóveis. E a dica para fazer uma compra segura é conhecer bem cada um deles antes de dar o primeiro lance.
Há dois tipos de leilão. No judicial, houve uma decisão da Justiça de penhora do bem para pagamento de dívidas diversas, como de condomínio ou com órgãos públicos.
Já o extrajudicial, em geral feito por bancos ou instituições financeiras, ocorre com base na alienação fiduciária, na qual o bem fica em nome do credor até que o comprador quite a dívida do financiamento habitacional.
Marcelo Tapai ressalta que, se o mutuário atrasar o pagamento acima do período estabelecido em contrato (em geral, três meses), terá de honrar todas as dívidas em até 15 dias após a notificação
do banco -se não o fizer, o bem deverá ir a leilão.



Como não precisa passar pela Justiça, o processo de leilão via alienação fiduciária, que também está previsto em lei, costuma ser mais curto, o que aumenta as chances de haver alguém ainda habitando a casa ou apartamento.
O funcionário público Eduardo Abitante afirma que os leilões podem ser um "grande filão", mas ressalva que o processo costuma ser mais lento do que na compra de um apartamento usado. "Paguei R$ 190 mil em um imóvel que valia R$ 600 mil, mas ele estava ocupado. Em outro, havia inquilinos que nem sabiam que o bem tinha sido leiloado."