Long Stay: a nova tendência do mercado imobiliário

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Mercados ativos sempre se reinventam e trazem novas tendências. No ramo imobiliário, a história não é diferente. E quem atua nesse mercado precisa estar atentos a essas mudanças para não ficarem para trás. Nas grandes metrópoles, por exemplo, a próxima bola da vez deve ser os edifícios “long stay” ou longa permanência, em bom português.

Em resumo, o que o long stay faz é transformar as construtoras em administradoras também, já que elas erguem o prédio e passam a vender e alugar os apartamentos, diretamente. É uma boa saída para quem está em vagas temporárias nas grandes cidades, estudantes ou estrangeiros.

Especialistas apontam que o crescimento da tendência pode ser encarado como uma estratégia para combater a queda das vendas dos lançamentos e ajudar as liquidações do estoque de imóveis. Para se ter uma ideia, segundo dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), foram comercializadas 14,4 mil novas unidades residenciais até setembro desse ano, um declínio de 44% em relação ao mesmo período de 2013.

Essa nova modalidade oferece aos clientes a privacidade de uma residência junto com os serviços de hospedagem, como arrumação básica da unidade e estacionamento com manobrista. Além de tudo isso, os apartamentos são mobiliados e decorados.

Entenda melhor, abaixo, as principais características do mercado long stay, como o seu público-alvo e o tempo de contrato de locação:

Onde estão

A localização desses empreendimentos tem tudo a ver com o público-alvo. Em São Paulo, devem ser lançados dois prédios long stay entre 2015 e 2016 no Itaim Bibi e nos Jardins, bairros próximos de escritórios. Localização ideal para as empresas locais acomodarem os profissionais que vêm de outras cidades, mas que não necessariamente pretendem criar raízes profundas na capital paulista.

Os empreendimentos visam, também, estudantes e estrangeiros. Para atender esse público-alvo, os apartamentos têm de 25 metros quadrados a 60 metros quadrados.

Valor

Do ponto de vista da construtora, o retorno dos investimentos só virá após a conclusão das obras. O aluguel deve girar em torno de 8,5 mil reais a 9 mil reais por conta da localização e de todos os serviços oferecidos. Os contratos de locação serão temporários e devem durar, em média, um ano.

Sucesso lá fora

O Brasil, mais uma vez, importou um conceito que deu muito certo no exterior. Como já foi falado anteriormente, centros financeiros são apropriados para receber os edifícios long stay. A cidade de Nova York, por exemplo, aceitou muito bem essa modalidade que vem atraindo grandes investidores. Para se ter uma ideia, o Grupo Safra adquiriu o maior prédio de Londres com esse propósito.