O investidor de imóveis Sam Zell, considerado um dos maiores especialistas de mercado imobiliário na atualidade, declarou à Revista Exame que apesar do momento difícil que o Brasil enfrenta, existem boas perspectivas para os próximos anos:
“São 200 milhões de pessoas. Isso cria oportunidades. Claro que está muito mais difícil agora do que há cinco anos. Por outro lado, há cinco anos todos os meus concorrentes estavam aqui. Hoje, até onde eu sei, sou o único”,
declarou o americano, que saiu em 2012 da Gafisa, após realizar o seu maior investimento no Brasil.
Questionado sobre o preço dos imóveis em 2015, o investidor não ficou em cima do muro: “Se tivesse de apostar, apostaria contra a queda de preços. No lado residencial pode ter havido um excesso de oferta em algumas regiões. Mas não houve excesso de oferta em escritórios, no varejo, em galpões”, opinou.
Hoje ele diversifica os seus investimentos em 30% para o mercado imobiliário e 70% para outras atividades. Acostumado a viajar o mundo em busca de oportunidades, Zell revelou uma das estratégias para ter sucesso nos negócios:
“Como um investidor, o que faço é tentar determinar onde a demanda está e ver como eu conseguirei suprir essa demanda. Se a população estiver encolhendo, a demanda também estará. Então, eu prefiro investir no Brasil ou na Índia, onde a população e a demanda vão crescer”, concluiu.
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Futuro no mercado imobiliário
Para escapar da crise em 2015, empresários e investidores esperam medidas políticas para diminuir a dívida pública e estabilizar a economia no Brasil. Um dos desafios será aumentar o PIB (Produto Interno Bruto), que até o mês de novembro estava próximo de zero, quando sua meta no início de 2014 era de pelo menos 2%.
A ideia de que a Copa do Mundo impulsionasse o crescimento do país com novos investimentos em aeroportos, rodovias e ferrovias foi por água abaixo. Com o atraso nas concessões, não houve grandes avanços na infraestrutura e o dinheiro que deveria ser injetado no país ficou estagnado.
Apesar disso, o até então Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o país teve uma postura diferente durante a crise que atingiu o mundo: “Nestes anos de crise, o Brasil andou em sentido oposto ao da maioria dos países avançados. Enquanto estes cortavam gastos públicos e investimentos, foi feita uma política que manteve o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos em um país positivo e a geração de emprego e renda”.
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