sábado, 24 de outubro de 2015

Bancos médios disputam espaço da Caixa no setor imobiliário



Os bancos médios ampliaram a concessão de crédito imobiliário desde abril, quando a Caixa Econômica Federal reduziu de 80% para 50% o valor máximo de financiamento de imóveis usados que utilizam recursos da poupança e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Em alguns casos, o crescimento mais que dobrou entre o primeiro e o segundo trimestres.


Segundo dados do Banco Central referentes a junho, enquanto a carteira da Caixa registrou avanço de 3,5% no segundo trimestre, os financiamentos do mineiro Intermedium tiveram expansão de 18%, o maior avanço entre as instituições médias. Mas vale lembrar que os R$ 382,87 milhões do Intermedium representam apenas 0,11% dos R$ 353,5 bilhões concedidos em financiamento imobiliário pela Caixa, responsável por mais de 70% desse crédito no país.

"Os clientes não estão conseguindo financiamento, pois os bancos maiores estão mais restritivos na concessão de financiamento. Então recorrem a instituições como a nossa", afirma Marco Tulio Guimarães, diretor comercial de crédito imobiliário da Intermedium.

Saul Sabbá, diretor do Banco Máxima, também avalia que a restrição feita pela Caixa significou oportunidades para acessar um mercado que antes não conseguia.

A instituição que dirige registrou aumento de 9,6% na carteira de crédito imobiliário entre março e junho. Na comparação de junho deste ano com o mesmo mês de 2014, a expansão é de 78,5%.

TAXAS

O sonho da casa própria sai mais caro nas instituições menores. Os grandes bancos de varejo cobram juros que oscilam em torno de 11% mais Taxa Referencial. Já os médios geralmente usam IGP-M (índice aplicado na maior parte dos reajustes de aluguéis) mais juros. Em alguns casos, as taxas superam 20%.

A diferença ocorre porque, enquanto os grandes bancos captam por meio da caderneta de poupança, os menores levantam dinheiro com títulos privados, que pagam juros maiores.

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