A palavra Páscoa vem do hebraico (פֶּ֥סַח) de (פסח) – pessach, que significa: passar por cima, saltar por cima. Do grego (πασχα) – pascha, que é o sacrifício pascal, referindo-se ao cordeiro pascal. A mesma palavra (פֶּ֥סַח) se encontra no texto de Êx.12:23 que diz: “Porque o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará (פֶּ֥סַח) o SENHOR aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.” A sua tradução vem realmente da ideia de Deus poupar os seus filhos da destruição dos primogênitos, resultando assim na libertação da escravidão do Egito.
A partir de então os Israelitas deveriam celebrar a Páscoa anualmente para trazerem a memória o que Deus havia feito por eles no Egito, como o Senhor pelo Seu poder os libertou. Contudo, a Páscoa não tem o seu significado tão somente no Antigo Testamento, ela tem a sua realização também no Novo Testamento. No entanto, agora com o propósito de uma libertação espiritual, e não física como na ocasião do Egito, mas sim, da escravidão do pecado.
O que precisamos entender é que agora O Cordeiro Pascal é o próprio Deus encarnado. É o próprio Cristo, Jesus, que foi oferecido para libertação da condenação do pecado. Não foi por um acaso que João Batista disse a respeito de Jesus em Jo.1:29 “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”
Não pense que a morte de Jesus ter ocorrida na ocasião da celebração da Páscoa tenha sido ironia do destino, não, antes, tudo aconteceu conforme o plano perfeito de Deus, para oferecer o Seu Filho em favor de todos, para que, pelo Seu eterno amor, os que o aceitarem, tenham em Sua graça e misericórdia a Salvação na eternidade com Deus (Jo.3:16).
Nos falta palavras para descrever tão grande obra de salvação. Jesus pagou o preço com o Seu próprio sangue ao morrer em nosso lugar na cruz. A Bíblia relata em Cl. 2:13-15 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.”
Em tudo Deus seja louvado, por que Jesus venceu a morte ao ressuscitar no terceiro dia, dando-nos a garantia de que juntos com Ele viveremos na eternidade. Enquanto a Páscoa no Antigo Testamento é a libertação da escravidão no Egito, no Novo Testamento é a libertação da escravidão do pecado, realizada na pessoa de Jesus, Ele é o Cordeiro Pascal.
A instituição deixada por Jesus a todos os Cristãos, é que celebremos a Páscoa Nele, na ocasião da Ceia do Senhor, como foi celebrada por Ele e seus discípulos na noite em que foi traído, deixando a todos nós a ordenança de trazer tal acontecimento a nossa memória em sua realização. Pois o pão simboliza o Seu Corpo e o cálice o Seu Sangue.
Portanto, não se engane quanto ao verdadeiro significado da Páscoa. Ela em nada associa com o que muitos comemoram; não tem nenhuma ligação com coelhos ou ovos de chocolate. Não se pode perder a verdadeira essência.
Desejamos a todos feliz Páscoa
Desejamos a todos feliz Páscoa
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