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sábado, 22 de abril de 2017
Redução de juros pode estimular setor imobiliário Mercado prevê maior corte de juros em 8 anos
O
Comitê de Política Monetária (Copom)
do
Banco Central (BC)
anuncia, hoje (12), sua decisão sobre a taxa básica de juros (
Selic
). Após várias reuniões, análises de mercado, perspectiva para a inflação e alternativas à Selic, o
Copom
divulgará o parecer a partir das 18 horas. A expectativa é que a redução da taxa seja em 1 ponto percentual, chegando a 11,25% ao ano.
Com a atenuação da taxa que, segundo economistas, possivelmente encerrará 2017 em 8,75%, o mercado acredita que a renda fixa perderá atratividade, fazendo com que novos investimentos possam ser realizados. As opções clássicas são investir em imóveis, aplicar em ações ou abrir um negócio. Considerando o perfil conservador da grande maioria dos brasileiros, os investimentos em imóveis devem voltar a crescer, pois possuem retornos mais seguros ao investidor.
De acordo com o economista e consultor Luiz Gustavo Medina, acredita-se que esse retorno de investimento para o mercado de imóveis deve resultar na elevação de seus preços e maior movimentação do setor, entre o fim deste ano e o início do próximo. O presidente da
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic)
,
José Carlos Martins
, lembra ainda que os juros menores favorecem o financiamento da casa própria.
Pode ocorrer também uma migração para a caderneta de poupança, cujos recursos são utilizados pelos bancos para o financiamento habitacional. No entanto, o banco americano
JPMorgan
, fez uma análise recente sobre o mercado imobiliário e avaliou que o elevado estoque de imóveis à venda na carteira das construtoras pode continuar segurando os preços.
Os preços dos imóveis caíram 10% em 2015 e 6% em 2016, já descontada a inflação. Mas, no fim do ano passado, os preços já apresentavam estabilidade, segundo o levantamento
FipeZap
. Martins, da
Cbic
, no entanto, argumenta que tem havido poucos lançamentos e que, mesmo se o mercado mantiver o baixo ritmo atual de vendas, faltarão unidades novas daqui a um ou dois anos.
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