terça-feira, 31 de março de 2020

Crise atual nos leva a questionar dogmas, diz CBIC

VENDA ONLINE DE IMÓVEIS É UM DOS APRENDIZADOS CONSIDERADOS NECESSÁRIOS PELO PRESIDENTE DA ENTIDADE

A crise pela qual o mundo está passando devido à pandemia do coronavírus terá como uma de suas consequências o questionamento, em todos os sentidos, das formas de atuação das empresas e da realização das diversas atividades, segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. “Dogmas serão questionados, como em uma revolução, e teremos, em seguida, um cenário de pós-guerra”, afirma Martins. Ele ressalta que a venda online de imóveis é um dos aprendizados que se fazem necessário para as incorporadoras neste momento em que grande a parte dos potenciais clientes está em quarentena.

Levantamento realizado pela Brain com apoio da CBIC, de 21 a 26 de março, com empresas ligadas diretamente ou indiretamente à construção e à incorporação imobiliária aponta que a busca presencial por imóveis foi a modalidade mais impactada pela pandemia (93%), seguida pela telefônica (45%) e pela online (38%). Das empresas que participaram da pesquisa, 37% disseram ter sentido queda significativa da procura por imóveis, e 28% afirmaram ter registrado redução “muito acentuada”.
Trinta e seis por cento do total informou impacto alto da pandemia de covid-19 na manutenção das atividades da empresa, 31% disse ter impacto médio e 25%, muito alto, de acordo com o levantamento da Brain.

“É interessante que, ao pedirmos para os entrevistados falarem sobre os impactos da economia do Brasil e sobre suas próprias empresas, eles disseram que o efeito será, claramente, maior na economia do país”, diz o sócio-diretor da Brain, Fábio Tadeu Araújo. A sondagem indicou que 52% das entrevistadas informaram expectativa de impacto econômico-financeiro da disseminação do coronavírus, no médio-prazo (seis a 12 meses), para a economia do Brasil, enquanto 30% esperavam efeito de longo prazo, 9% consideram que o impacto será de até três meses e 9% disseram ainda não conseguir avaliar. Já o efeito econômico para a própria empresa foi projetado para o prazo de seis a 12 meses por 59% das participantes.

Na pesquisa realizada pela Brain, 27% das empresas participantes têm até nove funcionários, 39% possuem de dez a 49, 19% têm de 50 a 99 e 15% possuem mais de 100 empregados. Três por cento do total faturou mais de R$ 500 milhões, em 2019, 12% teve faturamento entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões, 11% entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões, 13% de R$ 25 milhões e R$ 50 milhões, 27% de R$ 10 milhões a R$ 25 milhões e 34% até R$ 9 milhões.

O presidente da CBIC defende que as obras continuem, mas não “irresponsavelmente” e diz que “não há um lugar mais arejado do que uma obra”. “Sem o trabalhador não somos nada”, diz Martins. O representante setorial disse ainda que não tem havido problemas de desabastecimento de insumos. “O que há são situações pontuais, como falta de massa corrida no Espírito Santo, falta de cabos elétricos em São Paulo e de aço dobrado no Distrito Federal. Mas não é um problema generalizado e preocupante”, acrescenta Martins.

Setor imobiliário vê demanda, apesar de coronavírus

LANÇAMENTOS PODEM SER ADIADOS, MAS EXPECTATIVA É QUE IMÓVEL SEJA VISTO COMO INVESTIMENTO SEGURO

Diante da dificuldade de previsão do cenário econômico na crise provocada pelo coronavírus, o setor imobiliário começa a cogitar a necessidade de adiar o lançamento de novos empreendimentos, segundo Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação). “É um sentimento por alguns dados e conversas de quem pretendia lançar nesta semana, ou na próxima ou em abril, e está em compasso de espera, aguardando ter um descortino melhor da situação”, diz Jafet.

A perspectiva, porém, não é totalmente pessimista. O movimento nos plantões de vendas virtuais no fim de semana foi considerado positivo, com desempenho em torno de 50% do que seria o normal para o período
Segundo Jafet, parte dos clientes adiaram o fechamento da compra de imóveis. Mesmo assim, o fim de semana foi uma surpresa positiva para o setor. “Muita gente prefere o olho no olho, e agora não dá. E tem as pessoas que ficaram inseguras com emprego”, afirma.
A queda da Selic também é vista como um sinal positivo, segundo o presidente do Secovi, que enviou um comunicado ao Banco Central e à Abecip (associação das entidades de crédito imobiliário) dizendo que vê espaço para redução das taxas de financiamento imobiliário para manter o mercado aquecido neste momento.
Com as obras liberadas para continuar operando, entidades do setor lançaram uma campanha para mostrar os procedimentos adotados nos canteiros, como afastamento dos funcionários em grupo de risco, medição de temperatura, espaçamento nos refeitórios e limite de lotação nos elevadores

Mercado imobiliário busca alternativas para reduzir inadimplência

A STARTUP TEM O BANCO BTG PACTUAL COMO UM DOS SEUS SÓCIOS E PRETENDE INJETAR R$ 10 MILHÕES NA OPERAÇÃO DE SOCORRO FINANCEIRO. A INICIATIVA PODER BENEFICIAR OFICIALMENTE SEIS MIL FAMÍLIAS EM TODO O PAÍS

O setor imobiliário teme que a inadimplência cresça entre locatários. Embora os contratos tenham fiadores, há uma expectativa que eles também serão afetados.
O mercado começa a buscar iniciativas para a inadimplência durante a pandemia. A startup CredPago criou um parcelamento aos inquilinos com problemas financeiros, como explica o CEO Jardel Cardoso.

“Uma possibilidade para atender os inquilinos que permite que ele consiga parcelar seu aluguel em três vezes sem juros ou em seis vezes apenas colocando apenas o custo da operação. Já a imobiliário, que representa o proprietário, recebe o valor em até três dias após o vencimento. ”
A startup tem o banco BTG Pactual como um dos seus sócios e pretende injetar R$ 10 milhões na operação de socorro financeiro. A iniciativa poder beneficiar oficialmente seis mil famílias em todo o país.

O mercado imobiliário estima uma retração de 30% nos negócios por causa do coronavírus.
Coronavírus: Construtoras usam os canais digitais para tentarem vender imóveis

Com a crise causada pelo coronavírus, as construtoras estão lançando mão das vendas on-line. Sites interativos, contato dos corretores pelo WhatsApp e por telefone têm sido os recursos usados para tentar fechar negócios neste cenário inédito da economia mundial. Os lançamentos programados para este ano, por enquanto, serão mantidos, segundo as empresas.
As companhias focadas em construções do programa ‘Minha Casa, minha vida” não ficaram de fora e aceleraram seus processos digitais. De acordo com Cristiano Coluccini, presidente da CAC Engenharia, houve um reforço nas rede sociais da construtora para divulgar os canais de atendimento (WhatsApp, chat e telefone). Essa estratégia vem dando certo, segundo Ecymara Ferreira, corretora parceira da construtora:


A MRV expandiu a atuação da plataforma de vendas digital, que possibilita que o cliente realize toda a jornada de compra de um apartamento sem sair de casa. O comprador pode escolher o apartamento, fazer a simulação e envio da documentação para análise de crédito, negociação da proposta e assinatura do contrato digital.
— Além disso, se preferirem, podemos buscar as documentações em suas residências — diz Rafael Menin, copresidente da MRV.

Para quem insistir em ir aos estandes, a construtora libera até vouchers de Uber. Já a Tenda estendeu seu feirão digital enquanto a situação de isolamento permanecer.
É uma boa hora para comprar? Com taxas de juros baixa, crédito bancário disponível e construtoras abertas à negociação, o momento é favorável, segundo Paulo Porto, professor da FGV:
— No entanto, a falta de confiança no futuro, especialmente em relação à manutenção dos empregos, afasta o comprador.

Startup permite parcelamento do aluguel em meio à pandemia de coronavírus
Para o parcelamento do aluguel em três vezes, referente aos meses de abril, maio e junho, não há cobrança de juros
A Credpago, startup do setor imobiliário, irá parcelar em até seis vezes o aluguel dos clientes. A iniciativa surgiu devido à pandemia do coronavírus (Covid-19) e deve beneficiar cerca de seis mil famílias em todo país.

Para o parcelamento do aluguel em três vezes, referente aos meses de abril, maio e junho, não há cobrança de juros. Já para o parcelamento de quatro a seis vezes, há uma cobrança de cerca de 7% sobre o valor total.
Os interessados em parcelar o aluguel devem acessar a ferramenta de simulação no site da startup que está disponível a partir desta segunda-feira, 30.
Após a simulação, os dados são direcionados para a imobiliária parceira que administra o contrato de locação, e após checar as condições e concordar com a operação, envia por meio de um aceite virtual os termos da proposta. A imobiliária gera um link de pagamento que é enviado automaticamente para o inquilino preencher com os dados do cartão de crédito e concluir o pagamento parcelado do aluguel. Assim que o locatário concluir a operação, a imobiliária recebe o valor integral do aluguel em até três dias úteis.

O parcelamento é possível devido ao aporte de 10 milhões de reais disponibilizado pela startup, que deve atender cerca de três mil contratos de locação imobiliária.
Em entrevista a exame, Jardel Cardoso, CEO da Credpago, ressaltou que existe um limite financeiro para atender os contratos de aluguel, por isso o parcelamento deve ser usado por quem, realmente, teve suas finanças afetadas durante a quarentena.
“Não estamos fazendo uma operação de crédito. Não vamos ganhar com isso. É importante que a pessoa tenha consciência se ela precisa mesmo do parcelamento, mas não tirar a oportunidade de quem precisa

sexta-feira, 27 de março de 2020

Dúvidas referentes ao imposto de renda


Chega o mês de janeiro e com ele as dúvidas referentes ao imposto de renda, não é verdade? E para quem investe ou possui imóveis não pode esquecer do seu compromisso anual com a Receita Federal, cuidando sempre de incluir esses bens na sua declaração de imposto de renda (IR).
Porém, a maioria das pessoas tem dúvidas sobre qual a forma correta de cumprir com essas normas. Afinal, será que todo tipo de imóvel precisa ser incluído na declaração? De que maneira isso deve ser feito? Quais informações precisam ser encaminhadas à Receita?
Esclareça essas e outras dúvidas sobre como declarar um imóvel no IR. Confira em qual situação você se enquadra, para não ter erro na hora de acertar suas contas com o leão!

Quando é preciso declarar o imóvel?

Todos os imóveis de sua propriedade — independentemente do valor, da forma de aquisição ou de pagamento — precisam ser declarados no seu imposto de renda. O fato do bem ter sido quitado há mais tempo, não isenta o contribuinte de declará-lo todos os anos e, até mesmo, os imóveis sem escritura definitiva ou recebidos como herança precisam constar na sua declaração.
Muita gente acredita que, ao omitir a propriedade de um imóvel no IR, poderá pagar menos impostos. Mas isso não procede, já que o tributo incide apenas sobre a renda aferida no exercício. Além disso, omitir a posse de um bem pode ocasionar problemas no futuro.
Mesmo que sua renda não atinja o valor que obriga a entregar a declaração (neste ano, esse valor foi de R$ 28.559,70.) pode ser que você tenha que fazê-lo justamente por causa dos seus bens. Isso acontece quando de todos eles (incluindo imóveis) superam os R$ 300 mil.

Como declarar um imóvel no IR?

Como qualquer outro bem, o imóvel deve ser incluído na ficha ‘Bens e Direitos’. Primeiro, é preciso localizar o código referente ao tipo de imóvel (casa, apartamento, prédio, entre outros). No campo ‘Discriminação’ devem constar dados como a data e a forma de aquisição (se foi comprado ou doado), a identificação do vendedor e a situação atual do imóvel (se é quitado, financiado, entre outras opções).

Qual valor declarar?

Também é preciso informar o valor do imóvel, porém, muitos contribuintes cometem um erro ao registrar o valor atualizado do bem. O correto é declarar o valor pelo qual o imóvel foi pago, independentemente de quando ele foi quitado. Mesmo que o seu imóvel valha hoje R$ 350 mil, se você pagou por ele R$ 250 mil, é este o valor que deve ser declarado e que deverá se repetir todos os anos na sua declaração.

Como declarar imóvel financiado?

Busca por informações de crédito imobiliário online cresce 70% em março



Algumas pessoas têm usado o confinamento orientado por diversos governadores devido ao coronavírus para colocar as séries em dia, enquanto outras têm usado esse tempo em casa para escolher um novo lar.

Pelo menos é isso que apontam os dados levantados no site da Melhortaxa, plataforma digital de crédito imobiliário, que registrou um aumento de 70% de novos visitantes nas últimas três semanas de março em relação a fevereiro.

O número de pedidos de financiamento imobiliário por meio do site cresceu 4% no período.

"Com a quarentena em muitas cidades, temos ouvido de clientes que eles querem aproveitar o confinamento em casa para dar andamento aos seus dossiês online de crédito imobiliário e à organização de documentos”, conta Rafael , cofundador da Melhortaxa.

Sasso explica que, após o pedido do cliente e a aprovação do crédito pela instituição financeira parceira, o processo total dura em média entre dois e três meses, podendo ser mais rápido se as pessoas acelerarem os envios de documentos e se os bancos não reduzirem a velocidade do atendimento.

“Na Melhortaxa temos cerca de R$ 50 milhões em crédito imobiliário sendo contratados em processos já avançados e mais de R$ 100 milhões em processos entrantes. Recentemente só tivemos dois casos de clientes que suspenderam o processo por terem sido desligados do trabalho”, afirma Sasso.

Crédito imobiliário com recurso da poupança sobe 31% em fevereiro

NO ACUMULADO DE 12 MESES (MARÇO DE 2019 A FEVEREIRO DE 2020), OS EMPRÉSTIMOS PARA AQUISIÇÃO E CONSTRUÇÃO DE IMÓVEIS SOMARAM R$ 82,26 BILHÕES, ALTA DE 37,2%

O crédito imobiliário com recursos da poupança movimentou R$ 6,38 bilhões em fevereiro, com queda de 10,7% em relação a janeiro e alta de 31% frente a fevereiro do ano passado, segundo a Abecip, associação das instituições que oferecem essa modalidade de crédito.
No acumulado de 12 meses (março de 2019 a fevereiro de 2020), os empréstimos para aquisição e construção de imóveis somaram R$ 82,26 bilhões, com alta de 37,2% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.
A Caixa se manteve na liderança do setor, com R$ 2,353 bilhões financiados nas modalidades construção e aquisição em fevereiro. O Bradesco ficou em segundo lugar, com R$ 1,593 bilhão, e o Itaú Unibanco apareceu em terceiro, com R$ 1,376 bilhão.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Inovações no setor imobiliário

NUNCA TANTAS STARTUPS DO SETOR IMOBILIÁRIO RECEBERAM TANTOS INVESTIMENTOS. É UMA MUDANÇA QUE VEIO PARA FICAR — COM CRISE OU SEM CRISE


















Saiba como adiar a prestação do financiamento imobiliário

CLIENTES COM CONTRATOS HABITACIONAIS, SEJAM PESSOAS FÍSICAS OU EMPRESAS, QUE ESTEJAM COM AS PRESTAÇÕES EM DIA PODEM SOLICITAR O BENEFÍCIO









terça-feira, 24 de março de 2020

Caixa recebe mais de 100 mil pedidos de pausa em financiamento imobiliário

DEVIDO À PANDEMIA DO CORONAVÍRUS, O BANCO HAVIA ANUNCIADO QUE AS PESSOAS FÍSICAS PODERIAM SOLICITAR A PAUSA DE ATÉ DUAS PRESTAÇÕES


A Caixa Econômica Federal já registrou mais de 100 mil pedidos de pausa nas prestações de financiamento imobiliário desde que esse benefício foi anunciado, na quinta-feira, 19, informou nesta segunda-feira, 23, o vice-presidente do banco público, Jair Mahl. Ainda não há levantamento preciso do quanto isso representa em termos de valores.

Devido à pandemia do coronavírus e seus impactos sobre a economia, a Caixa anunciou, na semana passada, que as pessoas físicas poderão solicitar a pausa de até duas prestações pelo próprio aplicativo, sem a necessidade de comparecimento às agências.
A medida também vale para construtoras, que têm contratos de empréstimos para a produção dos imóveis. No entanto, a pausa não elimina os juros previstos nos contratos.
Neste momento, o banco está avaliando internamente a possibilidade de ampliar a pausa para até três parcelas, tanto para pessoa física quanto jurídica, disse a equipe da Caixa, durante videoconferência organizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A ampliação do benefício deve ser anunciada na quarta ou na quinta-feira. “A Caixa é um banco líquido, é o banco do povo brasileiro. Espero que a gente consiga atravessar esse período sem tantos problemas”, declarou Mahl.
Durante a conferência, a equipe da Caixa explicou que já tem quase 70% do contingente trabalhando em modelo de home office e que tem se esforçado para garantir o fluxo de recursos para as construtoras. Nas obras, o dinheiro é liberado de acordo com a evolução do trabalho nos canteiros.

Como há dificuldade de envio de técnicos para vistoria das obras nos próprios locais, o banco aceitará liberar os recursos mediante entrega de uma planilha da própria construtora com o descritivo da evolução, acompanhada de foto e vídeo.

Conheça a saída para liberar o financiamento de imóvel

BANCOS E INCORPORADORAS DISCUTEM MODELO ALTERNATIVO DURANTE FECHAMENTO DE CARTÓRIOS POR CAUSA DA COVID-19





segunda-feira, 23 de março de 2020

Pandemia do coronavírus pega setor de construção no contrapé








Crise abre oportunidades para investir