sábado, 8 de fevereiro de 2025

Santander lucra R$ 3,854 bilhões no 4º trimestre, acima das projeções



O Santander Brasil obteve lucro líquido recorrente de R$ 3,854 bilhões no quarto trimestre de 2024, o que representa alta de 5,2% na comparação com o terceiro trimestre e 74,9% ante o mesmo período de 2023. O resultado veio acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam um ganho de R$ 3,702 bilhões.

O lucro contábil do Santander ficou em R$ 3,746 bilhões entre outubro e dezembro, com avanço de 5,5% no trimestre e alta de 76,8% em 12 meses.

O Santander teve lucro recorrente de R$ 13,872 bilhões em 2024, com crescimento de 47,8% sobre o ano anterior.

“Ao longo dos últimos três anos, evoluímos na construção de um balanço mais sólido, com maior previsibilidade e rentabilidade sustentável. Avançamos na construção de um modelo de atendimento diferenciado, multicanal e com transformação digital significativa", diz em nota o CEO do banco, Mario Leão.

O terceiro maior banco privado do país em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 15,978 bilhões no quarto trimestre, com alta de 4,9% na comparação trimestral e 15,9% em um ano.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 5,932 bilhões, com alta de 0,8% ante o trimestre anterior e queda de 13,2% em relação ao quarto trimestre de 2023.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 5,515 bilhões, com alta de 3,4% no trimestre e 10,1% em 12 meses (o banco fez uma reclassificação dessas receitas relativa ao primeiro trimestre de 2024, sem isso, a variação anual teria sido de 0,6%). Já as despesas gerais totalizaram R$ 6,769 bilhões, com alta de 4,8% no trimestre e 2,9% em um ano.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) ajustado ficou em 17,6% no quarto trimestre, de 17,0% no terceiro e 12,3% no quarto trimestre do ano anterior. O índice de Basileia ficou em 14,3%, de 15,2% e 14,5%, na mesma base de comparação.

Carteira de crédito

O Santander encerrou dezembro com R$ 549,657 bilhões na carteira de crédito. O saldo aumentou 2,6% ao longo do quarto trimestre e cresceu 6,4% na comparação com dezembro de 2023.

A carteira ampliada, que inclui títulos privados, avais e fianças, chegou a R$ 682,693 bilhões, com alta de 2,9% no trimestre e 6,2% em um ano.

O saldo de operações com pequenas e médias empresas estava em R$ 76,636 bilhões no fim do quarto trimestre, alta de 6,0% em relação a setembro e de 13,7% na comparação com dezembro do ano anterior.

Inadimplência

O Santander encerrou o quarto trimestre de 2024 com inadimplência de 3,2% na carteira de crédito, de 3,2% em setembro e 3,1% de dezembro do ano anterior.

A taxa de calotes de pessoa física ficou em 4,3% no fim de dezembro, ante 4,2% em setembro e 4,3% no fim do quarto trimestre de 2023. No caso de pessoas jurídicas, o indicador estava em 1,6% no fim de dezembro, de 1,7% e 1,4%, na mesma base de comparação.

De acordo com o Santander, a inadimplência de PMEs ficou em 4,5%, de 4,8% no trimestre anterior e 4,1% um ano antes. Já em grandes empresas o índice ficou em 0,04%, de 0,1% e 0,1%.

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 3,7% em dezembro, de 3,6% em setembro e 3,8% em dezembro de 2023.

O banco informou que a carteira de crédito renegociada somava R$ 29,302 bilhões no fim de dezembro, com queda de 0,8% em três meses e de 10,6% em um ano.

A carteira de pessoas físicas, que é a mais relevante para o Santander, cresceu 1,5% no trimestre e 6,2% em 12 meses, para R$ 254,633 bilhões no fim de dezembro.

O financiamento ao consumo teve expansão de 5,1% em relação a setembro e de 19,1% na comparação com dezembro do ano passado, totalizando R$ 83,029 bilhões.

A carteira de grandes empresas era de R$ 135,358 bilhões no fim de dezembro, apontando alta de 1,2% em relação a setembro e queda de 3,0% frente a dezembro do ano anterior. 

 

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