domingo, 31 de março de 2019

Plano é de FGTS 'completamente diferente', e 'FI' pode acabar

O governo vai começar a fazer mudanças no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para construir um modelo "completamente diferente" do existente hoje. Entre as medidas estudadas pelo Ministério da Economia está a que permite investidores, inclusive estrangeiros, comprar cotas de participação do maior fundo público brasileiro. Além disso, o governo pode fechar o braço de participações em infraestrutura, o FI-FGTS.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou ao Valor que o objetivo das mudanças é elevar a transparência da gestão e a rentabilidade dos recursos para os trabalhadores.
"É um fundo grande, com rendimento real negativo de 3% mais taxa referencial - ou seja, abaixo da inflação. É uma poupança compulsória com rendimento real negativo, o que representa uma penalização para o trabalhador", disse. "Então precisamos repensar o FGTS", avalia.
Entre as mudanças estudadas pelo ministério, também está a retirada da Caixa da administração dos recursos do FGTS. Outra medida em estudo é o fim da operação do FI-FGTS, que administra dezenas de bilhões em investimentos principalmente em infraestrutura - seja por meio de participação em ações, seja em dívida.
"Sobre o FI, estamos pensando todas as possibilidades. Mantermos na Caixa sob uma gestão diferenciada, usando o excelente trabalho do Pedro Guimarães [presidente do banco], que está trazendo elementos de gestão privada para o banco. E podemos criar novos elementos, pensando fora da Caixa", disse.
O FI-FGTS foi alvo de episódios de corrupção que levaram à prisão nomes como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e de investimentos que não geraram rentabilidade.
"O FI foi em grande parte alocado em empresas que deram errado, como foi o caso da Sete Brasil ", disse. No limite, o fim do FI-FGTS também é uma ideia sobre a mesa. "Se precisar retirá-lo da Caixa, será retirado. Se precisar acabar com o FI-FGTS, será terminado. Nós não temos nenhuma linha definitiva. Estamos analisando todas as possibilidades", disse.
Segundo ele, as mudanças podem ser pensadas agora graças à mudança de diretriz no governo e à criação de uma secretaria sob seu comando para repensar o fundo.
"Por que os governos anteriores não mexeram no FGTS? É uma vaca sagrada, ligada ao trabalhador. O que vamos fazer agora? Alterar substancialmente o FGTS. É um grande elefante, que pesa para o trabalhador", disse.
O secretário planeja encerrar os trabalhos sobre as alterações antes do fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro. "Não temos pressa, mas vou acabar com essa secretaria antes dos quatro anos [de governo]. Queremos um FGTS completamente diferente do que foi nos últimos anos", disse.

sábado, 23 de março de 2019

VENDA DIRETA IMPULSIONA IMÓVEIS COM VALORES ATÉ 50% MAIS BAIXOS

Imóveis de retomada com preços até 50% mais baixos que os valores de mercado e com possibilidade de financiamento em até 30 anos. A modalidade, conhecida como venda direta, tem impulsionado as vendas de imóveis em todo o país. Neste tipo de negociação, o imóvel ofertado já foi a leilão, mas não foi arrematado. De acordo com a diretora da Investmais (assessoria de investimentos em ativos imobiliários), Patricia Curvelo, em alguns casos, além do valor mais baixo e do financiamento em até 30 anos, o cliente ainda poderá usar o FGTS. “O modelo tem atraído muitos interessados. Na Investmais já registramos um aumento de 35% nos negócios fechados pela venda direta”, afirma a diretora.

Patricia comenta ainda que a Investmais é uma parceira da Caixa Econômica, uma das instituições que adota a prática. “Atuamos como uma facilitadora para o cliente, pois, além de prestar assessoria em todas as fases da negociação, fazemos todo o processo de desocupação do imóvel adquirido pela venda direta. Dependendo do caso, a unidade é desocupada em até 180 dias”, explica Patricia. Os imóveis estão disponíveis no site da Investmais e também no site da Caixa Econômica, além de outros bancos. Há ofertas em todo o país, com valores de R$ 150 mil a R$ 4 milhões.

Vantagens da venda direta

  • Não tem disputa;
  • Formas de pagamento flexíveis (financiamento em até 30 anos e possibilidade de usar o FGTS);
  • Preços até 50% mais baixos que os praticados pelo mercado;
  • Segurança de comprar um imóvel que pertence a uma instituição financeira e ter total apoio de uma empresa que assegura a entrega do bem regularizado e desocupado.

CONHEÇA O PAPEL DA IMOBILIÁRIA NA COMPRA DO IMÓVEL




Comprar imóvel é uma tarefa que requer muito planejamento e pesquisa. É comum que várias dúvidas surjam nesse período, fazendo com que os interessados busquem pela ajuda de profissionais especializados. Contar com o auxílio de uma imobiliária, por exemplo, pode ser de grande valia. Além de solucionar as principais dúvidas, os profissionais desse tipo de empresa poderão assumir algumas responsabilidades, facilitando o processo de aquisição de um imóvel. Atividades como o acompanhamento de negociações, o conhecimento sobre as principais práticas do mercado, a responsabilidade civil do intermediador e o dever da probidade e da fé são algumas vantagens consideráveis. Existem, ainda, outros pontos positivos de se contar com esse apoio. Sabendo a importância de informar sobre algumas questões relevantes na compra de um imóvel e do papel da imobiliária nesse processo, a construtora Trisul listou algumas dicas. Confira!

1 – Afinal, qual a função da imobiliária?

A imobiliária é um tipo de empresa que tem como função principal intermediar a venda de um imóvel. Em outras palavras, podemos dizer que é a responsável por encontrar uma casa ou apartamento para uma pessoa interessada e, também, encontrar um comprador para os imóveis cadastrados. Muitas pessoas preferem contar com a ajuda de um corretor autônomo ou tentar realizar todo o processo sem a ajuda de profissionais especializados. Entretanto, uma imobiliária renomada no mercado como a Trisul trará total credibilidade para a negociação. Você saberá exatamente com quem está lidando, tendo certeza que pode confiar nas decisões tomadas durante todo o processo. Os anos de mercado e as diversas transações realizadas por essas empresas são experiências únicas e válidas. Dificilmente um profissional autônomo terá a mesma gama de conhecimento a oferecer que uma imobiliária. Além disso, será mais fácil encontrar uma imobiliária que tenha total domínio sobre determinado tipo de imóvel que você busca e, também, sobre as principais ofertas em uma localidade específica. Essa alternativa é uma grande vantagem, principalmente quando o morador decide mudar a região onde mora, buscando estar mais próximo de seu trabalho ou de outras atividades corriqueiramente realizadas. Essa será uma forma de ter em mãos as melhores oportunidades de negócio disponíveis no mercado. Não podemos deixar de mencionar que a imobiliária tem como uma de suas atribuições acompanhar o processo de negociação. Assim, todo o processo de transação será realizado sem maiores problemas, de uma forma simples e rápida. Fantástico, não é mesmo?

2 – E a função do comprador?

O comprador também apresenta algumas funções e obrigações que devem ser realizadas para que o processo de compra seja considerado um sucesso. O registro da propriedade e o pagamento dos impostos, como o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) é de inteira responsabilidade do comprador, bem como o pagamento das demais taxas para a escrituração. É válido ressaltar que, caso haja uma negociação entre as partes, será possível que o vendedor arque com o pagamento das taxas (ou, pelo menos, uma parte delas). Contudo, essa prática não é muito comum. Outra função do comprador é definir a forma e o estabelecimento responsável pelo financiamento. Os corretores podem ajudá-los nesse processo, mostrando as opções mais vantajosas, bem como as taxas de juros. Todavia, a decisão final é de inteira responsabilidade do comprador.

3 – Quais as vantagens de comprar um imóvel por meio de uma imobiliária?

Como você pôde perceber ao longo deste artigo, existem algumas vantagens de se contar com uma imobiliária para comprar um imóvel. Dentre os pontos positivos, podemos destacar: segurança, praticidade, mais oportunidades de negócio e maiores possibilidades de negociação. Veja mais sobre cada um a seguir.
Segurança
Garantir a segurança na transação é fundamental para a transação. Uma imobiliária experiente é capaz de analisar toda a documentação referente ao imóvel e verificar se o bem está devidamente registrado, certificando que não há nenhum impedimento. Além disso, o know-how desse tipo de empresa pode fazer toda a diferença. Por conhecer as principais áreas da cidade e estarem familiarizados com os tipos de imóveis, os corretores saberão se a avaliação apresentada pelo vendedor está dentro da realidade ou não. Dessa forma, será possível encontrar grandes oportunidades, por conta de vendedores que estejam vendendo seus imóveis a preços abaixo do mercado — seja por uma necessidade financeira ou por outros motivos. Vale a pena, não é mesmo?
Praticidade
A praticidade que se ganha quando contamos com o apoio de uma imobiliária é quase imensurável. Não será necessário passar horas e horas procurando por um imóvel adequado a suas necessidades e muito menos gastar tempo visitando os bairros procurando pelas placas de “vende-se”. Todo esse processo será realizado pela imobiliária. Você precisará apenas conversar com seu corretor. Nessa conversa, ele reunirá as informações necessárias para encontrar exatamente o que você está querendo. É possível dizer que o tempo necessário para encontrar o imóvel também será consideravelmente reduzido, facilitando a compra, melhorando a experiência e realizando seu sonho de uma maneira mais rápida.
Mais oportunidades de negócio
Outro ponto positivo é que, por ter uma base de imóveis cadastrados e por conhecer as regiões da cidade, as imobiliárias poderão oferecer oportunidades que você provavelmente não encontraria sozinho. É válido dizer que a busca pelo seu imóvel não se restringirá em algumas opções, mas sim em inúmeras alternativas. Analisando suas preferências, a imobiliária poderá oferecer opções em bairros que você ainda não tinha considerado, mas que se encaixam em seu perfil. Pense nisso!
Maiores possibilidades de negociação
A negociação talvez seja o momento mais tenso do mercado imobiliário. Muitas vezes os vendedores são irredutíveis e os compradores precisam se desdobrar para conseguir realizar a compra. Alguns, inclusive, assumem um financiamento acima do limite permitido por sua realidade financeira simplesmente por não querer perder a oportunidade encontrada. Contudo, a presença de uma imobiliária pode simplificar — e muito! — esse processo. Como os corretores já tiveram um contato inicial com os vendedores é possível que eles consigam aliar as expectativas dos vendedores com as necessidades dos compradores, permitindo que o negócio seja concretizado. Contar com uma imobiliária é essencial para o sucesso desse procedimento. Além de garantir toda a segurança necessária em um investimento de alto valor, será possível encontrar as melhores alternativas do mercado. Pense nisso antes de iniciar a busca pela realização do seu sonho.

terça-feira, 19 de março de 2019

Em todo o País há queda do estoque de imóveis


A redução de estoques de imóveis já constatada no mercado paulistano tem dimensão nacional, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). Há, portanto, o risco de desequilíbrio entre a oferta e a demanda de imóveis no País, que poderia provocar, no futuro, alta de preços, pois parte das empresas de construção ainda opera com cautela após a longa recessão do setor, evidencia a última Sondagem Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Nos cálculos da Cbic, o estoque de imóveis no País caiu de 161,8 mil, em 2016, para 143,9 mil, em 2017, e para 124 mil, em 2018. “O estoque atual equivale a 11 meses de venda”, notou o presidente da Cbic, José Carlos Martins. “Isso já representa uma preocupação quanto à falta de produtos para venda no futuro”, acrescentou.
A discrepância entre oferta e demanda foi agravada pela perda de ímpeto das contratações do programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Em janeiro de 2018, essas contratações abrangiam 78 mil unidades, número que caiu para apenas 14 mil em janeiro de 2019. Como o MCMV vinha sendo o carro-chefe do mercado residencial nos últimos anos, qualquer mudança tem grande peso na avaliação da conjuntura imobiliária. Até agora, segundo reportagem do Broadcast, serviço noticioso online da Agência Estado, ainda não foi divulgada a meta de unidades a serem construídas no âmbito do MCMV em 2019.
Em janeiro, segundo a CNI, a indústria da construção mostrava dificuldades de recuperação e mantinha elevada ociosidade, com utilização de apenas 55% da capacidade instalada. Os empresários da construção ainda alimentam boas expectativas para este ano, mas os números caíram em relação ao fim do ano passado. As intenções de investimentos cresceram em relação a igual período de 2018, mas estão em nível pouco satisfatório. Como a Sondagem Indústria da Construção inclui não apenas companhias que atuam no segmento residencial, é possível que as limitações de investimentos contratados pelo setor público provoquem uma piora dos indicadores em geral.
No segmento residencial de médio e alto padrões, a Cbic prevê um cenário favorável para este ano, com crescimento entre 20% e 30% dos lançamentos e das vendas financiadas com recursos das cadernetas de poupança.

sábado, 16 de março de 2019

Minha Casa Minha Vida: Caixa Econômica Federal aumenta valor de imóveis financiados

Entraram em vigor na sexta-feira passada (8) as novas condições de financiamento habitacional com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
A principal mudança foi o fim do subsídio menor para imóveis em cidades com menos de 20 mil habitantes, que era de R$ 95 mil. Agora, o desconto é igual para todos municípios com até 50 mil habitantes, variando conforme a região do país. No Rio Grande do Sul, o teto para municípios deste porte passa a ser R$ 140 mil.
Os limites de desconto para aquisição de imóveis para a faixa 1,5 do MCMV (para famílias com renda mensal de até R$ 2,6 mil) permanecem inalterados, mas, nesta faixa, o subsídio passa a ser de R$ 47,5 mil apenas para mutuários com renda bruta de até R$ 1,2 mil. Rendas superiores terão redução progressiva do desconto.
Já para os beneficiários da faixa 2, o valor máximo do desconto no Rio Grande do Sul continua sendo de R$ 26.365 mil para mutuários com renda familiar bruta mensal de até R$ 1,8 mil. Em municípios com menos de 20 mil habitantes, este teto cai para R$ 11,6 mil em todas regiões.

sábado, 9 de março de 2019

Conheça o novo comprador de imóveis na era digital


O uso da internet tem crescido em ritmo acelerado nos últimos anos afetando os hábitos e comportamentos dos clientes na hora de buscar um imóvel
O perfil dos clientes que compram imóveis tem mudado a cada ano e com celulares e tablets cada vez mais modernos, as pessoas têm passado mais tempo conectadas nas redes sociais e realizando varias atividades através da internet. Essas mudanças alcançam também o mercado imobiliário, transformando e criando novas estratégias e formas de melhorar a visibilidade das imobiliárias e corretores de imóveis na web. Mas isso exige que os profissionais do mercado imobiliário estejam capacitados e atualizados para lidar com essas mudanças de comportamento do cliente.
Para entender um pouco mais sobre os impactos da tecnologia na mudança de comportamento dos clientes no mercado imobiliário, confira nosso post!
Acesso à informação.
O cliente busca se informar mais sobre os imóveis, preços, condições de pagamento tudo direto no computados ou celulares, de forma rápida e ágil.  A internet é, portanto, uma das principais fontes de referência para o cliente na hora de buscar um imóvel, isso tornou o cliente mais seletivo, preparado e exigente por informações do imóvel cada vez mais detalhada.
Informações atualizadas
Se os clientes estão na internet e estão cada vez mais seletivos não basta apenas o corretor de imóveis alimentar seus sites ou páginas nas redes sociais com fotos sem qualidade e valores de imóveis, é imprescindível traçar estratégias de marketing eficientes com informações confiáveis, atualizadas e de qualidade.
93% das pessoas hoje que procuram imóveis na internet, então esteja preparado para atender esses clientes. Mantenha seus imóveis atualizados e use imagens e vídeos de qualidade para a divulgação.
O que o cliente quer e quanto quer pagar
Como o cliente já pesquisou muitos imóveis antes de chegar até você descubra o que ele quer e quanto pode investir. Definindo o perfil do cliente, apresente as opções que estão disponíveis na sua carteira de imóveis, seja na compra ou na locação. Tenha sempre uma conversa franca com o cliente, expondo os pontos positivos e negativos de cada imóvel, pois ele vai confirmar essa informação depois.
Mudanças no atendimento do corretor de imóveis
Corretores de imóveis devem sempre lembrar-se de que com a facilidade de acesso a informação o cliente precisa mais de um consultor do que de um vendedor. Portanto siga dois passos primordiais para atender os clientes na era digital: primeiro, ouça o cliente e identifique suas necessidades, e então tente relacioná-las com as características dos imóveis disponíveis na carteira. E assim, o cliente vai enxergar, de fato, o valor do seu trabalho como consultor de imóveis facilitando assim o fechamento do negócio.

quinta-feira, 7 de março de 2019

6 Assuntos que você precisa dominar na área financeira do mercado imobiliário em 2019


Você sabe quais são os principais assuntos que precisa dominar na área financeira do mercado imobiliário? Nos últimos anos, esse setor da economia enfrentou muitas dificuldades devido à alta taxa de juros, recessão e as altas taxas de desemprego.
No entanto, o cenário do mercado melhorou nos últimos dois anos e a procura por empréstimos por construtoras e incorporadoras aumentou neste período, ou seja, as empresas esperam vender mais. Para 2019, os resultados ainda podem ser melhores. O número de pessoas sem trabalho continua alto no Brasil, mas o emprego vem paulatinamente sendo retomado, a taxa de juros caiu (atualmente a Selic vale 6,5% ao ano) e, aos poucos, a economia começa a dar sinais de melhoria. Por isso, é fundamental estar preparado para se destacar na área.
Todos esses fatores, somados, farão que o mercado imobiliário fique mais movimentado neste ano e que aumente o número de vendas. Pensando nisso, neste post apresentaremos os principais assuntos que você precisa dominar sobre o setor financeiro do mercado imobiliário. Acompanhe a seguir.
1 - Tipos de financiamentos imobiliários
Existem vários tipos de financiamentos imobiliários no mercado. Por isso, é muito importante conhecer as características de cada um. Esse conhecimento proporcionará que as empresas disponibilizem produtos adequados ao público interessado em fazer a compra. Dessa forma, fica mais fácil ofertar imóveis que as pessoas possam pagar. Além disso, é fundamental estar atento em relação às condições de crédito no banco de cada indivíduo. Sem a aprovação na instituição financeira não tem como o cidadão financiar a casa ou apartamento.
Entre os principais modelos de financiamento estão o Minha Casa, Minha Vida (destinado a população de baixa renda), Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) (voltado a imóveis mais caros).
2 - Conhecimento das regras para concessão de crédito
As instituições financeiras contam com uma série de regras na concessão de crédito imobiliário. Os objetivos dessa ação são evitar o distrato (quando o comprador desiste da compra) e reduzir o número de calotes. Podemos afirmar, portanto, que os bancos adotam medidas visando diminuir o risco dos negócios feitos e conseguir arrecadar mais créditos.
Existem uma série de regras nesse sentido. A parcela do financiamento, por exemplo, pode comprometer no máximo 30% da renda do indivíduo. O comprador não pode estar com pendências na Receita Federal e precisa estar com o nome limpo no Serasa e SPC.
Esse conhecimento possibilita que a empresa oferte as casas ou apartamentos para as pessoas certas, com o preço adequado e de acordo com as necessidades do público. Tudo isso, somado, otimiza a venda das construtoras e incorporadoras. E, em algumas modalidades de crédito imobiliário, o financiamento é concedido para o comprador no início ou durante a construção do empreendimento, fazendo com que a venda seja ainda mais segura para as incorporadoras.
3 - Análise de risco e retorno dos empreendimentos imobiliários
A análise de risco e de retorno permite que as empresas tomem melhores decisões financeiras em seus empreendimentos, desde o financiamento do empreendimento com recursos próprios e/ou de terceiros, à escolha da melhor tabela de vendas e, também, quanto à forma de pagamento da aquisição do terreno.
4 - Regras de uso do FGTS em transações imobiliárias
É muito importante conhecer as regras e as possibilidades de uso do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) nas transações imobiliárias. Isso porque, muitas pessoas, se preencherem os requisitos exigidos pelo FGTS, podem utilizar esse recurso para compor seus recursos próprios na aquisição da moradia própria, proporcionando aumento nas vendas no mercado imobiliário.
5 - Conhecimento do plano empresário
Esse plano é indicado às incorporadoras que buscam adquirir crédito com a intenção de financiar a construção de empreendimentos, residenciais ou comerciais. Nesse sentido é importante conhecer as condições que as instituições financeiras oferecem para disponibilizar o crédito. Esse conhecimento contribuirá para que a empresa tenha acesso a essa modalidade de financiamento, facilitando a construção do empreendimento.
6 - Securitização de recebíveis imobiliários
Trata-se de um processo feito pelas companhias securitizadoras. Elas adquirem créditos imobiliários com a intenção de lastrear em títulos (CRIs- Certificados de Recebíveis Imobiliários) e eles serão negociados no mercado financeiro. Essa fonte de financiamento tende a ficar mais relevante com o passar do tempo e um dos motivos é a baixa rentabilidade da poupança, que ainda é a principal fonte de recursos para o financiamento imobiliário, mas com a queda nas taxas de juros da economia, balizadas pela SELIC, a securitização vem crescendo e tende a crescer ainda mais como fonte alternativa de financiamento de empreendimentos imobiliários.

Governo vai liberar R$ 700 milhões para o Minha Casa



Depois da pressão de prefeitos e parlamentares insatisfeitos com a paralisia quase completa do Minha Casa Minha Vida (MCMV) nos dois primeiros meses do ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu liberar R$ 700 milhões para pagar parcelas vencidas às construtoras que participam do programa habitacional. A informação foi antecipada pela colunista Sonia Racy. Além de pagar as parcelas atrasadas, os recursos também devem garantir o fluxo de despesas pelo menos até o fim de março.
Os financiamentos do MCMV são feitos com recursos do FGTS. Para as faixas de renda mais baixa, porém, há um subsídio com recursos do Tesouro Nacional. E é nesse repasse que está o problema. Como o governo decidiu fazer um forte controle dos gastos no início do ano, isso acabou afetando os financiamentos.
Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as contratações de unidades do programa recuaram de 78 mil em janeiro do ano passado para 14 mil em janeiro deste ano. Sem dinheiro para continuarem os empreendimentos, pequenas companhias chegaram a desmobilizar canteiros. A estimativa do setor é que entre 20 mil e 30 mil funcionários ligados a essas obras teriam sido dispensados no bimestre.
A promessa de liberação dos recursos foi vista com alívio pelo presidente da CBIC, José Carlos Martins. “Acredito que a situação voltará ao normal a partir de abril. Isso é fundamental, porque o PIB da construção caiu 2,5% em 2018 e acumula uma retração de 27,7% nos últimos cinco anos”, disse. Segundo Martins, o MCMV representa cerca de dois terços do mercado residencial no País.
A decisão de liberar os recursos foi tomada nesta semana, após reunião de Guedes no Palácio do Planalto com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto – responsável pelo programa.
O Estadão/Broadcast apurou que foi feito um apelo para que a equipe econômica abrisse uma exceção na contenção de gastos e acelerasse a liberação de recursos para o programa, para compensar os atrasos do começo do ano.
Orçamento - Procurado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) admitiu, em nota, que a programação orçamentária e financeira do governo federal estava com limites mensais insuficientes às necessidades de pagamento do programa para janeiro e fevereiro. “Para compensar os desembolsos desses dois meses e regularizar os repasses a partir de março, o MDR solicitou ao Ministério da Economia a antecipação de limites de pagamento da pasta”, informou o ministério.
Ainda segundo o MDR, o Ministério da Economia vai publicar uma portaria nos próximos dias elevando a capacidade de pagamento da pasta em R$ 450 milhões em março. Com isso, o volume disponível até o final do mês será de R$ 700 milhões – já que R$ 250 milhões já estavam na programação. “Para garantir a execução do programa no decorrer do ano, a União, por meio da Junta de Execução Orçamentária (JEO), discutirá neste mês o cronograma de desembolsos”, completou a nota do ministério.
Os recursos previstos no Orçamento de 2019 para o programa habitacional somam apenas R$ 4,6 bilhões, o menor volume desde que o Minha Casa Minha Vida foi criado, em 2009. Durante a transição de governo, a equipe do presidente Jair Bolsonaro chegou a cogitar trocar o nome do programa para Casa Brasileira, desvinculando-o das gestões petistas. 

Taxa de poupança sobe pelo segundo ano seguido, mas nível ainda é baixo

                                      


A taxa de poupança doméstica subiu pelo segundo ano seguido, passando de 14,3% do PIB em 2017 para 14,5% do PIB em 2018. Em 2016, tinha ficado em 13,4% do PIB, o menor nível da série iniciada em 2000. Apesar da melhora nos dois últimos anos, a taxa continua bem abaixo dos 19,3% do PIB atingidos em 2007. A principal consequência da baixa poupança é a dificuldade para financiar o investimento, o que prejudica as perspectiva para o crescimento da economia. Os números constam do resultado do PIB do quarto trimestre de 2018.
Coordenador de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Armando Castelar avalia que a pequena alta da taxa em 2018 se deveu à melhora da poupança das empresas e do setor público. A das famílias deve ter caído um pouco, segundo ele.
Na visão de Castelar, "a 'despoupança' do setor público ficou menor, pois o déficit nominal [que incluiu gastos com juros] caiu 0,7% do PIB em 2018 e a queda do investimento - se é que houve - foi pequena. Em ano eleitoral, os governos em geral investem mais", lembra ele. O rombo nominal passou de 7,8% do PIB em 2017 para 7,1% do PIB em 2018. "A queda nas despesas com juros [de 0,6% do PIB] explica quase toda essa melhora", diz Castelar, observando que a poupança do setor público é o resultado nominal das contas públicas mais o investimento.
"A poupança das empresas provavelmente cresceu, por causa do crescimento da economia, mas também, e talvez principalmente, porque a despesa com juros caiu, com a queda do CDI", afirma ele. Castelar ressalta que os dados do Centro de Estudos de Mercado de Capitais (Cemec) da Fipe mostram uma boa melhora dos resultados das empresas até o terceiro trimestre de 2018.
Já a poupança das famílias deve ter caído um pouco, avalia Castelar. Isso deve ter ocorrido apesar de o consumo das famílias, que cresceu 1,9% em 2018, ter registrado uma expansão um pouco menor que a da massa salarial real (descontada a inflação), de 2,2%. O ponto, segundo Castelar, é que as famílias "devem ter tido um menor rendimento com juros sobre créditos contra o Tesouro Nacional e as empresas" - ou seja, tiveram ganhos menores com títulos públicos e privados.
O nível de poupança brasileira é muito inferior ao de vários outros grandes países emergentes, ajudando a explicar a dificuldade de o Brasil crescer a taxas mais elevadas de modo sustentado. Enquanto a taxa brasileira ficou em 14,5% do PIB em 2018, a da China atingiu quase 45% do PIB, a da Índia foi de 28,5% do PIB e a da Rússia superou 27% do PIB, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Países latino-americanos também têm taxas superiores à brasileira - a do Chile fica na casa de 20,5% do PIB, a da Colômbia, em 19% do PIB, e a do México, em 21% do PIB.

sábado, 2 de março de 2019

Saiba o que fazer quando o comprador atrasa o pagamento do imóvel

Vendedor pode até acionar a Justiça para exigir cumprimento do acordo assinado entre as partes


Se você está com um imóvel à venda, preste bem atenção nos possíveis compradores e a forma de pagamento oferecida. Se for em parcelas, não custa nada dar aquela pesquisada na vida do interessado e ver se ele realmente tem condições financeiras de arcar com os pagamentos. Isso pode ser feito nos órgãos de proteção ao crédito, verificando certidões negativas de dívidas fiscais e cíveis, inclusive pela internet.

“Quando se faz a venda parcelada, se trabalha com um instrumento particular de compra e venda, assim o vendedor posterga a assinatura da escritura até o pagamento integral do valor. Então, faz o compromisso, entrega as chaves e só transmite a propriedade quando o valor total for pago”, ensina o advogado Rafael Quaresma, especialista em Direito do Consumidor.
A segurança para cumprimento de qualquer obrigação deve ser vinculada ao que está previsto no contrato. “Deve haver a notificação imediata do comprador sobre o inadimplemento. E, caso ele extrapole os limites aceitáveis pelo vendedor, fazer a rescisão do contrato”, explica o advogado Rafael Paiva Nunes, especialista em Direito Imobiliário.
O advogado Rodrigo Karpat, também especialista em Direito Imobiliário, entende que o pagamento de parcelas em dinheiro ou cheque é arriscado, a não ser que esteja atrelado a garantias legais que cubram o valor ou permitam a retomada do bem em caso de falta de pagamento.
“O procedimento no caso de atraso deverá ser o previsto em contrato, o que, via de regra, requer uma notificação no caso de atraso superior a 15 dias, depois nova notificação, e, após este prazo, inicia-se a cobrança judicial dos valores em aberto”, diz Karpat.
Ele explica que na cobrança em atraso cabem juros, multa, correção monetária e honorários advocatícios conforme pactuado em contrato firmado entre as partes. A sugestão é que o vendedor parta para ação judicial no caso de atrasos superiores a três meses.
“Mas nada impede que ingresse antes. O vendedor deve juntar no processo o contrato de compra e venda, procuração e comprovantes de tentativa de recebimento dos valores de forma amigável”, explica o especialista.

Financiamento imobiliário em 2019: o que o gestor deve saber


As incorporadoras se preparam para retomar os lançamentos depois de uma longa crise. Quais aspectos o gestor deve observar ao planejar um produto? Confira!



Nos últimos anos, os gestores do mercado imobiliário se viram pressionados pela crise e a queda das vendas e dos lançamentos. Em 2019, porém, tudo indica que o mercado brasileiro está voltando a respirar e o financiamento imobiliário deve ganhar novo fôlego.
Para as incorporadoras, é importante fazer o planejamento financeiro do empreendimento e avaliar as condições dos clientes para obter o crédito imobiliário necessário. Quer garantir bons lançamentos pela sua incorporadora? Veja o que você precisa saber para assegurar excelentes negócios em 2019!
Perspectivas do mercado imobiliário em 2019
Em 2018, o financiamento imobiliário teve crescimento de 33% em comparação com o ano anterior: foram 117 bilhões de reais desembolsados nos empréstimos realizados com recursos da Poupança e do FGTS.
Tanto as vendas quanto os lançamentos de imóveis também registraram crescimento, indicando que o mercado está cada vez mais aquecido com a melhora da economia brasileira. Portanto, as construtoras têm boas expectativas de crescimento também para 2019.
Já para quem está em busca de crédito imobiliário, as notícias também são boas. Com juros baixos e os preços dos imóveis estabilizados, já há quem afirme que 2019 é um bom ano para investir em imóveis.
A importância do crédito imobiliário na visão das incorporadoras
Se os compradores precisam pensar em como poupar dinheiro para conquistar o sonho da casa própria, as incorporadoras também precisam ficar de olho no crédito imobiliário. Ao planejar um lançamento, os gestores precisam definir como a obra será financiada e como será a estratégia de vendas para garantir o fluxo de caixa necessário.
Além de avaliar a si mesma, a incorporadora também precisa avaliar seus potenciais compradores para garantir que eles tenham crédito quando chegar o momento de solicitar o financiamento imobiliário no banco.
Com isso, queremos chamar a atenção para o fato que a obtenção de crédito é um fator fundamental para as incorporadoras, e também pode determinar o sucesso do empreendimento. Além de pensar em excelência construtiva, marketing e vendas, o gestor da incorporadora também deve colocar o financiamento entre suas prioridades.
O que uma incorporadora precisa observar quanto ao financiamento imobiliário
Veja agora quais são os principais aspectos para a obtenção do crédito imobiliário, tanto por parte da incorporadora quanto por parte dos clientes.
Crédito imobiliário para a incorporadora
Uma incorporadora que aborda uma instituição financeira para tratar de financiamento imobiliário, deve demonstrar bom histórico de crédito e experiência. Os principais itens são:
  • evidenciar uma boa gestão financeira;
  • comprovar a experiência com projetos anteriores;
  • convencer que o empreendimento é viável em termos de marketing e vendas;
  • mostrar que o empreendimento atende à demanda do público em termos de plantas, localização e outros fatores;
  • ter vendido, no mínimo, 30% das unidades até o momento da solicitação do crédito para a produção.
Financiamento imobiliário para o comprador final
Além de cuidar das próprias finanças para se mostrar uma empresa confiável, a incorporadora também deve fazer uma análise prévia do comprador para atestar sua elegibilidade para um financiamento imobiliário.
Ao vender apartamentos na planta, a incorporadora deve se esforçar para minimizar os riscos de que algum dos clientes não obtenha financiamento e tenha que recorrer ao distrato. Por isso, ela deve solicitar a comprovação do cliente em termos de histórico de crédito e comprovação de renda compatível.
Sabemos que o financiamento imobiliário é um tema chave, tanto para incorporadoras quanto para clientes. Em 2019, os juros baixos e a boa oferta de crédito são bons sinais e devem fomentar o reaquecimento do mercado. Existe crédito disponível no mercado financeiro e os dados apontam aumento da confiança dos consumidores e melhoras do cenário do emprego e renda no Brasil.
Você, como gestor de produtos imobiliários, precisa observar vários aspectos do produto: qualidade, adequação às necessidades do público, apelo comercial e muito mais. Além de todos eles, coloque na lista também o planejamento financeiro da sua empresa para a obtenção do crédito imobiliário, garantindo o sucesso do seu empreendimento.


Regra do FGTS afeta 1,2 milhão de pessoas


Cerca de 1,206 milhão de aposentados pelo INSS que continuam trabalhando como celetistas correm o risco de perder o benefício de receber 40% de multa paga pelo empregador ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no caso de rescisão contratual, se aprovada a reforma da Previdência Social nos termos que foi encaminhada pelo governo federal.
O texto da proposta de emenda constitucional (PEC) retira também a obrigatoriedade patronal de recolhimento de FGTS dos empregados, que é de 8% do salário pago.
A medida já é alvo de polêmica e uma das candidatas a ser deixada para trás nas negociações do governo com o Congresso, embora seu caráter de desoneração do custo do trabalho possa atrair os parlamentares ligados ao empresariado.
O dado sobre o número de aposentados ainda ativos foi repassado ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, pela Secretaria Especial de Previdência e se refere ao ano de 2017. Do total, 16,5 milhões pessoas estavam aposentadas por idade e por tempo de contribuição no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em dezembro de 2017. Dos aposentados que continuavam na ativa, cerca de 1,2 milhão estavam no regime celetista e 199 mil eram servidores civis e militares.
A medida proposta pelo governo tem como objetivo desonerar os empregadores. No dia da apresentação do texto da reforma, o secretário especial de Previdência Social, Leonardo Rolim, destacou que a multa do FGTS tem como objetivo dar uma proteção ao trabalhador contra o desemprego. Mas, no caso do aposentado, não faria sentido falar em desemprego.
Segundo o especialista em relações de trabalho, Emerson Casalli, da CBPI Produtividade Institucional, a proposta de reforma, encaminhada na quarta-feira pelo governo ao Congresso Nacional, só resgata um entendimento que vigorava antes de 2006. Na ocasião, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) cancelou uma súmula que extinguia a multa nesta situação específica.
Casalli ressaltou que a inovação na reforma da Previdência reduz os custos da contratação para o empregador. Por outro lado, também desestimula a demissão de trabalhadores que estão prestes a se aposentar.
Neste caso, ele considera positivo para esse funcionário próximo da aposentadoria e que tem mais dificuldade para ser absorvido no mercado de trabalho. Para quem já é aposentado, no entanto, a medida é negativa, pois muitos deles continuavam no mercado para não abrir mão de receber esses 40% da multa.
A possibilidade de demitir aposentado que continua trabalhando também é favorável para muitas empresas do governo federal. Isso porque muitos funcionários já aposentados não deixavam seus cargos aguardando a demissão ou a criação de um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) para decidirem deixar a empresa.
Mesmo representando uma redução de custos para os empregadores, o especialista no tema e consultor do site "Trabalho Hoje", Rodolfo Torelli, defendeu uma redução da multa para todas as situações, ao invés de extinguir o pagamento apenas para aposentados que continuam no mercado de trabalho. "Não deveria haver discriminação desse trabalhador", contou.

Construção quer elevar lançamentos em 30% e diminuir pressão no MCMV

Após anos de estagnação, o setor de construção volta a vislumbrar um crescimento de 30% no número de lançamentos de médio e alto padrão em 2019. O percentual de incremento deve absorver parte da demanda por imóveis novos e frear uma possível pressão sobre os preços.
“Estamos com estoques de imóveis para 11 meses. Normalmente, uma estocagem confortável varia entre 12 e 18 meses. Nossa expectativa é que outros segmentos além do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) puxem esse movimento de lançamentos”, argumentou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (Cbic), José Carlos Martins, lembrando que o programa governamental ganhou grande importância nos últimos anos, passando a representar 66% de todo o mercado.
De acordo com ele, a oferta de imóveis provenientes dos MCMV deve se manter estável este ano, em virtude “das mudanças que têm sido feitas nas linhas de financiamento e crescente participação da caderneta de poupança para a compra” dessa categoria de bens. De acordo com a entidade, a perspectiva do mercado é que a participação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) caia 5% no financiamento imobiliário em 2019 – para R$ 57 bilhões.
Ainda segundo um levantamento realizado pela entidade, a variação de lançamentos entre 2017 e 2018 foi de 3,1%. Na mesma base de comparação, as vendas apresentaram salto de 19,2% – chegando a 100,7 mil. Em relação à oscilação entre as regiões do País, o Norte foi o local que registrou maior alta, com 127%.
Para um dos responsáveis pela elaboração do balanço, Fábio Tadeu Araújo, o Rio de Janeiro era um dos estados que vinha acumulando um estoque muito grande, em virtude da crise fiscal e de segurança pública. “Até meados de 2017, o Rio de Janeiro apresentava um volume de oferta bem elevado, próximo de 15 mil unidades. Mas, ao longo de 2018, esse número foi reduzido para 7,5 mil, além do mercado potencial também ser ampliado”, complementou Araújo. Ainda de acordo com ele, a demanda crescente tem feito também uma pressão sobre os preços do mercado. “Em São Paulo, esses preços começaram a se recuperar de forma bem intensa”, disse o Araújo
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou incremento de 0,19% em fevereiro. No entanto, esse percentual foi inferior ao verificado um mês antes (0,40%).
Na mesma perspectiva do presidente do CBIC, o diretor de marketing da construtora Trisul, Lucas Araújo, diz que a empresa espera um aumento de 20% no número de lançamento de empreendimentos imobiliários para 2019. “Nossa estimativa é que sejam lançados entre 8 e 10 empreendimentos novos, que somam juntos um investimento de R$ 780 milhões”, diz o executivo, destacando o fato de que 80% das construções são classificadas como médio e alto padrão. O restante é destinado para o programa MCMV.
De acordo com ele, a figura do investidor imobiliário tem se fortalecido nos últimos meses, resultado de uma perspectiva maior dos consumidores da classe média no nível de empregabilidade do mercado.
“Estamos voltando para um cenário mais favorável para as vendas”, complementou ele. Questionado sobre a alta dos preços nos últimos anos, o executivo relata que “existe uma tendência de aumento desde o segundo semestre de 2018. “Percebemos um aumento no preço dos materiais e também de terrenos. No entanto, ainda não repassamos tal tendência para o cliente”, explicou ele. Atualmente, o preço médio do m², segundo Araújo, está girando em torno de R$ 8 mil.

Procura por imóveis para moradia cresce no 4º tri de 2018 e sinaliza aquecimento do mercado


Dentre os que declararam terem adquirido um imóvel nos últimos 12 meses, 33% declararam ter a pretensão de investir no empreendimento, sendo 61% para aluguel e 39% para revenda. Dos compradores em potencial, 14% ficaram para os investimentos e 86% para moradia, enquanto os proprietários com posse de mais de 12 meses de imóveis que desejavam investir ficou em 23%.
Descontos em transações - As transações com descontos realizadas no período ficaram estáveis, tendo registrado 69% ante aos 70% no terceiro trimestre de 2018. O desconto médio aplicado recuou ligeiramente nos últimos três meses do ano tanto na comparação com o trimestre quanto com dezembro de 2017, fechando em 13%.
Percepção sobre os preços atuais - A percepção dos preços entre os que adquiriram imóveis recentemente melhorou nos últimos quatro anos. Dos 84% que acreditavam que os valores estavam altos ou muito altos em 2014, quase metade dos respondentes mudou de opinião, tendo essa percepção caído para 44% no último trimestre de 2018.
Os que consideram os preços razoáveis subiram de 12% para 37% durante o período, tendo sofrido pequenas oscilações ao longo dos trimestres.
Também houve aumento no percentual de proprietários com percepção de preço baixo ou muito baixo. De 2014 para 2018 foi de 4% para 16%.
Expectativa de preço - No quarto trimestre de 2018, as pessoas que projetam uma elevação nominal dos preços nos próximos 12 meses formaram 33%. 38% preveem estabilidade e 13% esperam a queda no curto prazo. A expectativa média para o período subiu para 1,5%, tendo o terceiro trimestre apresentado valorização de 1,1%.