domingo, 2 de novembro de 2025

Inadimplência de aluguel atinge 3,80%


 


O aumento interrompeu o período de estabilidade observado em julho e agosto, quando o índice havia se mantido em 3,76%. Na comparação com setembro de 2024 (3,14%), a alta foi de 0,66 ponto percentual.

“A nova alta preocupa em setembro, apesar de ser modesta comparada aos 3,76% de julho e agosto, e mostra que muitas famílias seguem com o orçamento comprometido”, afirmou Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias do Grupo Superlógica. Segundo ele, “é fundamental acompanhar de perto as projeções de inflação e de juros, já que esses indicadores têm impacto direto tanto no endividamento quanto na capacidade de pagamento dos inquilinos neste fim de ano”.

Entre os imóveis residenciais, houve queda na inadimplência da faixa de alta renda (aluguéis acima de R$ 13 mil), que passou de 7,02% em agosto para 5,70% em setembro. Nos imóveis com aluguel de até R$ 1 mil, o índice recuou de 6,32% para 5,96%, mas segue como a segunda maior taxa entre as faixas de valor. Já as faixas de R$ 2 mil a R$ 3 mil e de R$ 3 mil a R$ 5 mil registraram inadimplência de 2,58% e 2,04%, respectivamente.

No segmento comercial, a inadimplência da faixa de até R$ 1 mil segue como a mais alta, subindo de 8,41% em agosto para 9,89% em setembro. A menor taxa foi observada entre imóveis de R$ 2 mil a R$ 3 mil, com 4,52%. Entre os tipos de imóveis, a inadimplência de apartamentos caiu de 2,58% para 2,45%, e a de casas de 4,27% para 3,84%. Já os imóveis comerciais tiveram aumento, passando de 5,20% para 5,55%.

Regionalmente, o Nordeste lidera com 5,97%, alta de 1,03 ponto percentual em relação a agosto (4,94%). O Norte aparece em segundo lugar, com 4,86%, seguido pelo Centro-Oeste (3,49%), Sudeste (3,42%) e Sul, que manteve a menor taxa do país, em 3,28%.