sábado, 8 de fevereiro de 2025

93% dos brasileiros que pagam aluguel sonham com a casa própria

 



O sonho da casa própria está no horizonte de 9 em cada 10 brasileiros que ainda não são proprietários do imóvel em que moram, mostra pesquisa Datafolha. Esse é um desejo que atinge 97% dos mais jovens, de 16 a 34, mas é alta a porcentagem também entre os maiores de 60 anos: 83% dos que não são donos de suas casas sonham em sê-lo.

No total, quase dois terços (65%) dos brasileiros já possui a casa em que mora. São 29% os que pagam aluguel e outros 5% moram num imóvel cedido. A fatia dos que moram em casa alugada decresce com a idade: 38% dos que têm de 16 a 24 anos, 37% dos 25 aos 34 anos, 31% dos 35 aos 44 anos e 22% a partir dos 45 anos de idade.

 

Os dados do instituto mostram que, quanto menor a renda dos que ainda não são proprietários, maior a vontade de comprar um imóvel. Entre as classes D e E, por exemplo, 96% dos entrevistados que moram em casa alugada ou cedida revelaram o desejo de ter um imóvel, percentual que cai para 85% nas classes A e B.

No comparativo regional, 98% dos residentes nordestinos que ainda não são proprietários desejam a casa própria, enquanto no Sudeste essa parcela é de 91%.

Do sonho para a intenção concreta de ir ao mercado imobiliário, porém, há uma distância: são 52% os que têm planos concretos de comprar sua casa própria, enquanto 48% dos não proprietários ainda não tomaram essa decisão.

Além disso, 38% dos que já possuem a casa em que moram têm planos concretos de comprar outro imóvel residencial para se mudarem. A intenção é mais presente entre os que têm de 16 a 24 anos (61%) e na faixa de 25 a 34 anos (53%). Os números revelam também a vontade dos mais jovens de deixar a casa dos pais, já que a pesquisa considera como casa própria o imóvel da família.

Considerando todos os brasileiros, 43% pretendem comprar uma casa, sendo que, destes, 57% querem fazer negócio em até três anos, e 24%, ainda neste ano.

Entre jovens de 16 a 24 anos, 57% têm planos de comprar um imóvel residencial, índice similar ao registrado na faixa de 25 a 34 anos (55%). Na parcela de 35 a 44 anos a taxa de intenção de compra é de 45%, recuando para 37% entre quem tem de 45 a 59 anos e para 25% entre os mais velhos, com 60 anos ou mais.

Segundo o Datafolha, entre os que ainda não têm a casa própria, quanto maior a renda, maiores são os planos para a aquisição de um imóvel. Na faixa de renda familiar mais baixa, com ganhos de até 2 salários mínimos, 36% têm planos de comprar um imóvel, ante 46% na faixa de renda de 2 a 3 salários, 56% na faixa de 3 a 5 salários e 50% no grupo com renda acima de 5 salários.

O Datafolha também perguntou aos entrevistados se consideram mais vantajoso financeiramente morar em imóvel próprio ou em uma casa alugada. Os resultados vão na direção contrária dos conselhos de planejadores financeiros, para quem, levando em conta apenas os números, há mais ganhos em pagar aluguel: 94% dos brasileiros disse acreditar que compensa mais, financeiramente, comprar a casa própria.

O instituto ouviu presencialmente 2.020 pessoas acima dos 16 anos em todo o país, entre os dias 9 e 11 de janeiro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Santander lucra R$ 3,854 bilhões no 4º trimestre, acima das projeções



O Santander Brasil obteve lucro líquido recorrente de R$ 3,854 bilhões no quarto trimestre de 2024, o que representa alta de 5,2% na comparação com o terceiro trimestre e 74,9% ante o mesmo período de 2023. O resultado veio acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam um ganho de R$ 3,702 bilhões.

O lucro contábil do Santander ficou em R$ 3,746 bilhões entre outubro e dezembro, com avanço de 5,5% no trimestre e alta de 76,8% em 12 meses.

O Santander teve lucro recorrente de R$ 13,872 bilhões em 2024, com crescimento de 47,8% sobre o ano anterior.

“Ao longo dos últimos três anos, evoluímos na construção de um balanço mais sólido, com maior previsibilidade e rentabilidade sustentável. Avançamos na construção de um modelo de atendimento diferenciado, multicanal e com transformação digital significativa", diz em nota o CEO do banco, Mario Leão.

O terceiro maior banco privado do país em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 15,978 bilhões no quarto trimestre, com alta de 4,9% na comparação trimestral e 15,9% em um ano.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 5,932 bilhões, com alta de 0,8% ante o trimestre anterior e queda de 13,2% em relação ao quarto trimestre de 2023.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 5,515 bilhões, com alta de 3,4% no trimestre e 10,1% em 12 meses (o banco fez uma reclassificação dessas receitas relativa ao primeiro trimestre de 2024, sem isso, a variação anual teria sido de 0,6%). Já as despesas gerais totalizaram R$ 6,769 bilhões, com alta de 4,8% no trimestre e 2,9% em um ano.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) ajustado ficou em 17,6% no quarto trimestre, de 17,0% no terceiro e 12,3% no quarto trimestre do ano anterior. O índice de Basileia ficou em 14,3%, de 15,2% e 14,5%, na mesma base de comparação.

Carteira de crédito

O Santander encerrou dezembro com R$ 549,657 bilhões na carteira de crédito. O saldo aumentou 2,6% ao longo do quarto trimestre e cresceu 6,4% na comparação com dezembro de 2023.

A carteira ampliada, que inclui títulos privados, avais e fianças, chegou a R$ 682,693 bilhões, com alta de 2,9% no trimestre e 6,2% em um ano.

O saldo de operações com pequenas e médias empresas estava em R$ 76,636 bilhões no fim do quarto trimestre, alta de 6,0% em relação a setembro e de 13,7% na comparação com dezembro do ano anterior.

Inadimplência

O Santander encerrou o quarto trimestre de 2024 com inadimplência de 3,2% na carteira de crédito, de 3,2% em setembro e 3,1% de dezembro do ano anterior.

A taxa de calotes de pessoa física ficou em 4,3% no fim de dezembro, ante 4,2% em setembro e 4,3% no fim do quarto trimestre de 2023. No caso de pessoas jurídicas, o indicador estava em 1,6% no fim de dezembro, de 1,7% e 1,4%, na mesma base de comparação.

De acordo com o Santander, a inadimplência de PMEs ficou em 4,5%, de 4,8% no trimestre anterior e 4,1% um ano antes. Já em grandes empresas o índice ficou em 0,04%, de 0,1% e 0,1%.

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 3,7% em dezembro, de 3,6% em setembro e 3,8% em dezembro de 2023.

O banco informou que a carteira de crédito renegociada somava R$ 29,302 bilhões no fim de dezembro, com queda de 0,8% em três meses e de 10,6% em um ano.

A carteira de pessoas físicas, que é a mais relevante para o Santander, cresceu 1,5% no trimestre e 6,2% em 12 meses, para R$ 254,633 bilhões no fim de dezembro.

O financiamento ao consumo teve expansão de 5,1% em relação a setembro e de 19,1% na comparação com dezembro do ano passado, totalizando R$ 83,029 bilhões.

A carteira de grandes empresas era de R$ 135,358 bilhões no fim de dezembro, apontando alta de 1,2% em relação a setembro e queda de 3,0% frente a dezembro do ano anterior.