segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Governo altera base de cálculo de parcelas pagas no MCMV por famílias de menor renda


 



O governo reajustou o valor da renda utilizada como base de cálculo da prestação a ser paga mensalmente pelos beneficiários mais carentes do Minha Casa, Minha Vida, além de reduzir o alcance da medida. Atualmente, a parcela paga pelo público de menor renda corresponde a 10% ou 15% da renda familiar. Na prática, a prestação ficará mais cara e a possibilidade de pagar com base em um percentual da renda mensal será mais restrita.

Segundo portaria do Ministério das Cidades, publicada nesta segunda-feira (30) no Diário Oficial da União (DOU), as famílias com renda de até R$ 1.412 passarão a pagar uma mensalidade equivalente a 10% desse valor, sendo que o mínimo é de R$ 80,00. Antes essa renda era de até R$ 1.320.

Já as famílias com renda entre R$ 1.412,01 e R$ 2.850,00 pagarão 15% da renda familiar, subtraindo-se R$ 70,60 do valor apurado. Antes, no entanto, o teto da renda para ser beneficiado com esse valor de parcela era maior e chegava a R$ 4,4 mil. Já a dedução dos 15% era um pouco menor e correspondia a R$ 66,00.

A portaria prevê que estão dispensados da participação financeira a famílias beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Programa Bolsa Família que tenham pessoa com microcefalia em sua composição ou as que perderam seu único imóvel por situação de emergência ou estado de calamidade pública decretados a partir de 1º de janeiro de 2023. 


domingo, 29 de dezembro de 2024

Como reduzir parcelas do financiamento imobiliário ?


 


Entender quais medidas podem ser aplicadas ao seu caso é essencial para que o financiamento caiba no orçamento e os planos de conquistar um apartamento próprio se tornem realidade. Veja, a seguir, quais estratégias implementar.

1. Use o FGTS

O FGTS é uma ferramenta poderosa para reduzir o custo do financiamento, pois permite o acesso a um fundo específico que faz parte dos direitos dos trabalhadores com carteira assinada. Você pode utilizá-lo para:

  • amortizar o saldo devedor — reduzindo o valor total financiado, o que resulta em parcelas menores ou menor tempo de contrato;
  • pagar parte das parcelas — é possível usar o FGTS para quitar até 80% do valor das parcelas por um período de 12 meses, renováveis;
  • quitar o financiamento por completo — para aqueles com saldo suficiente, essa é a opção ideal para eliminar a dívida.

Consulte as regras de elegibilidade e aproveite esse recurso para aliviar suas parcelas. Entre as condições, é necessário ter pelo menos três anos de trabalho com carteira assinada, mesmo que não consecutivos, e o imóvel precisa estar registrado em seu nome.

2. Refinancie

O refinanciamento consiste em renegociar o contrato para obter condições melhores. Isso inclui desde acordos com a própria instituição que realizou o financiamento quanto por meio da transferência para bancos mais vantajosos. Essa estratégia pode incluir:

  • redução das taxas de juros — quando as condições de mercado mudam, taxas menores podem ser aplicadas;
  • ajuste do prazo de pagamento — para adaptar as parcelas à sua realidade financeira atual;
  • incorporação de outros custos — para os casos como reformas ou despesas adicionais.

O refinanciamento é especialmente vantajoso em cenários de queda nas taxas de juros do mercado. Procure seu banco para avaliar essa possibilidade, além de investigar como o Open Finance pode colaborar com a portabilidade do financiamento.

3. Amortize o saldo devedor

Amortizar o saldo devedor é uma forma eficaz de reduzir tanto as parcelas quanto o custo total do financiamento. Utilize recursos extras, como:

  • 13º salário;
  • restituição do Imposto de Renda;
  • bônus ou participação nos lucros.

Essa estratégia permite que você elimine parte da dívida de forma antecipada, reduzindo a base sobre a qual os juros são calculados. Isso pode ser feito facilmente pelo internet banking ou junto a sua instituição financeira.

4. Revise as taxas de juros

Renegociar as taxas de juros com a instituição pode gerar uma economia considerável. Se você manteve um histórico de pagamento em dia, use isso como argumento para solicitar melhores condições. Em cenários de queda da taxa Selic, essa opção é ainda mais viável.

5. Troque o banco ou instituição financeira

A portabilidade do financiamento é uma alternativa para quem deseja melhores condições. Ao transferir a dívida para uma instituição com taxas de juros mais baixas, você pode reduzir significativamente o valor das parcelas. Pesquise bem e compare as condições oferecidas por diferentes bancos antes de tomar a decisão.

6. Negocie o prazo

Estender o prazo de pagamento é outra forma de reduzir o valor das parcelas. Embora isso aumente o custo total devido aos juros acumulados, pode ser uma solução viável para equilibrar o orçamento mensal em períodos de dificuldade financeira. Avalie cuidadosamente essa opção, considerando o impacto de longo prazo.

Quais cuidados devem ser tomados?

Para reduzir parcelas do financiamento imobiliário de forma segura, tome algumas precauções importantes. Evite prazos excessivamente longos, pois, embora reduzam as parcelas, aumentam o custo total devido aos juros acumulados.

Também é preciso ler com atenção as condições do contrato e verificar se as mudanças oferecem reais vantagens financeiras. Utilize apenas canais confiáveis para evitar fraudes e desconfie de ofertas aparentemente vantajosas.

Consultar um especialista pode ajudar a identificar estratégias eficazes e evitar problemas legais. Além disso, avalie o impacto das alterações no custo total do contrato e mantenha um histórico de bom pagador para facilitar negociações futuras.

Saber como reduzir parcelas de financiamento é essencial para manter a saúde financeira pessoal durante essa aquisição tão importante. Com as dicas apresentadas você consegue transformar o peso dessa responsabilidade em uma oportunidade para a construção do seu patrimônio.

sábado, 28 de dezembro de 2024

Imigrantes investiram R$ 283 milhões em imóveis no Brasil em 2024



De janeiro a setembro de 2024, imigrantes investiram R$ 283,2 milhões em imóveis no Brasil. Os dados são do ‘Boletim da Migração’ de novembro, produzido mensalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus) e com base nos dados do Observatório das Migrações (Obmigra).

Nos primeiros nove meses deste ano, nativos dos Estados Unidos lideraram os investimentos no mercado imobiliário, com R$ 65,7 milhões; seguidos de naturais da França, com R$ 39,9 milhões; e pessoas vindas da Itália, com R$ 39,5 milhões. 

Outros países que contribuíram significativamente são Alemanha, que investiu R$ 29,7 milhões ao longo do ano, e Reino Unido, que somou R$ 11,5 milhões. O Canadá e a República Tcheca também se destacam, com aportes acima de R$ 6 milhões.

Em setembro, o total de investimento estrangeiro no setor foi de R$ 24,2 milhões. Somente os estadunidenses foram responsáveis por R$ 7,6 milhões desse montante.

Entre os estados brasileiros mais atrativos para esse público, o Rio de Janeiro (RJ) lidera, com R$ 125,2 milhões de janeiro a setembro de 2024, seguido por São Paulo (SP), R$ 56,4 milhões, e Santa Catarina (SC), R$ 23,2 milhões.
Esses números demonstram o crescente interesse internacional pelo mercado imobiliário brasileiro e a confiança no potencial de valorização dos bens.

sso ocorre porque o Brasil atrai investidores ao oferecer a oportunidade de estabelecer residência quando compram um imóvel no País.

Autorização de residência
Ao investir no mercado imobiliário brasileiro, os estrangeiros podem solicitar a autorização de residência. O programa está regulamentado pela Resolução Normativa nº 36/2018, do Conselho Nacional de Imigração (CNIg) e beneficia pessoas físicas que adquirirem imóveis em áreas urbanas, com valores mínimos de R$ 1 milhão e recursos próprios de origem externa.

Nas regiões Norte e Nordeste, o valor mínimo é reduzido para R$ 700 mil para incentivar investimentos nessas localidades. A medida é parte de um esforço para atrair capital estrangeiro e fomentar o desenvolvimento econômico e social.

O processo de autorização de residência por meio da aquisição de imóveis deve ser solicitado por meio do sistema MigranteWeb, disponível no Portal de Imigração.

Os imigrantes interessados devem apresentar documentos que comprovem a compra, como escritura pública ou contrato de promessa de compra e venda, além de registros que evidenciem a origem e a transferência internacional do capital.

Com real desvalorizado, remessas de brasileiros no exterior batem recorde

 


Segundo dados do Banco Central, as remessas do exterior bateram recorde no primeiro semestre deste ano, somando US$ 1,89 bilhão, o equivalente a R$ 10,16 bilhões.

É o maior valor da série histórica do BC, iniciada em 2010, e uma alta de 24% em relação ao mesmo período de 2020 e de 36,5% frente ao de 2019, quando nem se pensava em pandemia.

Crédito imobiliário da poupança soma R$ 14,9 bi



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O volume de financiamento imobiliário com recursos da poupança (SBPE) somou R$ 14,91 bilhões. O número representa uma queda de 17,4% em relação a outubro. Mesmo assim, foi o segundo melhor novembro da história, com alta de 26,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, a despeito da alta da taxa Selic e dos resgates na caderneta.

total financiado nos 11 primeiros meses deste ano somou R$ 169,1 bilhões, com alta de 23% na comparação com igual intervalo de 2023.

Foram liberados financiamentos para 47 mil imóveis no mês passado, somando as modalidades de aquisição e construção, ante 55,5 mil em outubro. Em relação a novembro do ano passado, a quantidade cresceu 34,9%.

 

A Caixa se manteve na liderança do mercado, com R$ 3,959 bilhões financiados em novembro, seguida por Itaú Unibanco (R$ 5,162 bilhões) e Bradesco (R$ 3,608 bilhões).